Home Futebol Fernando Prass detalha saída “muito estranha” do Palmeiras: “Saí chateado porque não houve critério técnico”

Fernando Prass detalha saída “muito estranha” do Palmeiras: “Saí chateado porque não houve critério técnico”

Fernando Prass nunca escondeu chateação com a sua saída do Palmeiras, ainda mais depois de deixar claro que gostaria de encerrar a carreira no clube

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

A saída de Fernando Prass do Palmeiras no final de 2019 segue dando muito o que falar, principalmente após ser revelado que, ao contrário do ex-camisa 1, Jailson tinha um contrato de gaveta que lhe dava mais um ano de clube. Em entrevista ao jornal ‘O Estado de S.Paulo’, o agora goleiro do Ceará falou sobre o assunto e resumiu a situação toda como sendo “muito estranha”.

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“Sim (pretendia encerrar a carreira no Palmeiras), mas sabia que no fim do ano um dos dois goleiros mais experientes (ele ou Jaílson) ia sair. E não sei se, de repente, por uma falta de afinidade que o diretor (Alexandre Mattos, demitido no fim do ano passado) tinha comigo, alguma coisa extra-campo, deu-se uma artimanha contratual que me deixou numa situação muito difícil. Sabia-se que eu, Jaílson e (Edu) Dracena tínhamos renovado contrato por um ano, isso foi noticiado em todos os lugares, foi registrado na CBF. Aí fui perguntar ao Dracena se ele estava proibido de dar entrevista, pois estaria em fim de contrato, e ele me falou que não. A mesma coisa com o Jaílson”, contou Fernando Prass.

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O goleiro de 41 anos ainda falou sobre a situação do contrato de gaveta feito entre o clube, através do ex-diretor de futebol Alexandre Mattos, e Jailson. Prass admitiu que chegou a procurar o presidente Maurício Galiotte após a demissão do dirigente para saber se o que Mattos havia feito teria alguma validade, e lamentou que a opção não tenha sido por uma decisão técnica.

“O clube tem direito de renovar ou não com quem quiser, mas a partir do momento que já se sabia que ia acontecer isso, no fim do ano, o diretor chega e diz que, por ele, ficam os dois, depois é exposto na imprensa que há esse contrato de gaveta, mas que ninguém sabe onde está. Aí meu empresário questiona esse diretor e ele nega veementemente… Chegou-se a uma situação que eu mesmo perguntei ao presidente (Maurício Galiotte) se ele validaria uma decisão de um ex-diretor, que, na minha opinião, foi conduzida de maneira errada. Ele me respondeu que não poderia mudar. Aí eu disse, então, que havia chegado a hora de sair”, explicou.

“Não teria problema nenhum em sair do Palmeiras pela idade, pelo rendimento ou seja o que for, mas, para mim, da maneira como foi… para não dizer outra coisa, foi muito estranha. Saí chateado porque não houve critério técnico, não foi um novo diretor, um novo treinador que definiu. E o Mano (Menezes) havia me dito, umas três semanas antes, que tomaria uma decisão técnica sobre essa questão. Não foi uma decisão técnica”, acrescentou o ex-goleiro alviverde.

Após a saída do Palmeiras, especulou-se, principalmente nas redes sociais, que Fernando Prass poderia retornar ao Vasco, onde também fez história, para encerrar a carreira. O goleiro, no entanto, se acertou com o Ceará.

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“Estava em um momento de transição, saindo de um clube após sete anos. Não são dois, três anos, são sete. Você cria uma grande identificação e, sinceramente, não me via em outro time que não fosse o Palmeiras. Depois desse processo todo, entrei de férias, conversei com a família, com meu empresário, e veio a proposta do Ceará”, explicou Prass.

“Foi um acerto bem rápido, porque vi na equipe cearense a possibilidade ideal de dar continuidade à minha carreira. Vou continuar em um time da primeira divisão, com torcida, bem organizado. Óbvio que o clube ainda não tem a mesma estrutura física do Palmeiras, mas, pelo que conversei com jogadores que passaram por aqui – e meu empresário conhece muitas pessoas do meio -, achei que o Ceará era a situação ideal”, completou.

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