André Gomes está recuperado de lesão. O meia do Everton voltou aos gramados na derrota por 3×2 dos Toffees para o Arsenal no Emirates Stadium.
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André Gomes, em entrevista ao jornal inglês Mirror, falou sobre como foi a lesão, desde o momento da fratura, até a recuperação.
“Foi muito doloroso”
André Gomes destacou que a lesão foi dolorosa. Entretanto, o português diz que foi muito mais mental do que físico.
“Eu tenho que ser honesto. Quando isso aconteceu, foi muito doloroso, muito doloroso. Mas era mais mental. Um trauma. Uma lesão muscular não é como um trauma. A coisa é que quando aconteceu, eu não conseguia olhar para o meu pé. Eu estava tentando evitá-lo. Eu não queria essa imagem em minha memória”.
O português ainda falou que a única imagem que tem na cabeça é de ele gritando de dor, e as pessoas na arquibancada olhando assustadas.
“A única imagem que tenho que ser honesto é que estou gritando, estou muito zangado e chateado com o que está acontecendo. Levantei meu joelho na minha frente para não ver meu pé. Eu estava sentindo, porque obviamente com o nervosismo e tudo, eu sabia que algo estava errado. Mas minha foto é como, enquanto eu estou gritando e percebendo que isso realmente aconteceu, eu posso ver a multidão nas arquibancadas, olhando para mim e eles estão com as mãos nos rostos, horrorizados. Ainda me vejo olhando para o canto da bancada principal e todos olhando para mim com as mãos nos rostos e tirando os filhos da cena (para que não possam ver)”.
“Nunca tentei ver o vídeo”
Gomes revelou que nunca conseguiu ver o vídeo do momento da lesão.
“Eu sabia imediatamente antes (da entrada) de Aurier que algo estava errado, porque eu já estava com dor. O problema é que tive duas lesões diferentes – ligamentos por dentro e ossos por fora – não sei de verdade quando aconteceu. E vou lhe dizer uma coisa – nunca tentei ver o vídeo”.
O internacional português ainda relembra o bom trabalho que o médico do Everton fez naquele momento. Segundo Gomes, ele foi rápido na hora de colocar o tornozelo no lugar.
“Mas o médico era inacreditável. Foi realmente importante, na verdade. Ele foi muito rápido. Eu sabia que ele queria colocar o tornozelo de volta no lugar e rejeitei o oxigênio porque, com a adrenalina, fiquei louco, fiquei com raiva. Eu estava sentindo tudo. Eu queria ter certeza de que ele estava fazendo todas as coisas corretamente e, na verdade, ele era inacreditável. Ele colocou meu tornozelo no lugar certo. Obviamente, eu fiz meus ligamentos e uma lesão óssea. Ele o colocou duas vezes, girou e depois o colocou no lugar. E sim, doeu”.
O irmão de André Gomes também estava na arquibancada naquele jogo contra o Tottenham. O jogador contou que seu irmão tentou correr até o campo, mas foi impedido.
“Meu irmão (Nuno) estava comigo indo ao hospital. Ele trouxe minha sobrinha para o estádio pela primeira vez … e aconteceu bem na frente deles. Meu irmão queria correr das arquibancadas para o campo e os comissários estavam dizendo: ‘não, não, não faça isso’. Então foi muito difícil para todo mundo”.
André Gomes voltou aos gramados na partida contra o Arsenal (Reprodução / Site Oficial do Everton)
Recuperação e apoio do mundo da bola
André Gomes contou também sobre como foi o seu período de recuperação.
“Talvez duas horas extras na piscina, depois descanse, coma alguma coisa, faça mobilidade. Descanse um pouco mais, talvez uma hora na bicicleta. O jantar, vá dormir. Fiz isso por talvez dois meses”.
Ele ainda revelou que recebeu apoio de várias figuras do mundo do futebol. Entre eles, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
“Sim, eles eram inacreditáveis. Eu recebi muitas mensagens de colegas de equipe que eu tinha no passado e todo mundo era tão incrível. Não posso dizer um indivíduo, porque eu tinha tantos bons exemplos, então não posso dizer apenas um ou dois. Todo mundo era tão bom comigo. Pessoas como Alan Shearer – e eu não esperava por exemplo. Ele estava me dizendo, ‘ouça, você sabe o que eu tive uma lesão semelhante … em Goodison'”.
Volta aos gramados
O meia do Everton falou sobre a volta aos gramados. Para ele, não pode ter medo dentro do jogo, ou nos treinos.
“Quando estiver pronto, se for, você terá que competir. Se eu não competir, as pessoas saberão e dirão: ‘Agora ele está diferente’, ‘Talvez ele esteja com medo’ e ‘Talvez ele não esteja colocando o pé’. Você pode se proteger, mas 80% do tempo precisa se esforçar, principalmente na Premier League, a liga mais competitiva do mundo. Eu não posso ser diferente. Eu preciso ser o mesmo cara que eu era antes e ir duro. No meu primeiro treinamento, eu disse aos meus companheiros de equipe: Não fiquem despreocupados comigo. Se você precisar se esforçar, eu também vou me esforçar, caso contrário, vou me machucar novamente”.
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