A patinadora francesa Sarah Abitbol, lançou recentemente o livro “Um Tão Longo Silêncio”, onde ela conta sua história na patinação no gelo. A antiga patinadora conta em seu livro que sofreu diversos abusos do seu treinador Gilles Beyer, quando tinha 15 anos. “Foi a primeira vez que um homem me tocou”, revela a ex-atleta
“Durante dois anos, tu dizias à minha mãe: ‘Hoje vou ser babysitter da Sarah para podermos treinar’. E tu violaste-me no parque de estacionamento, nos balneários e em cantos e recantos da pista de gelo, que nunca suspeitei que existissem”, escreve a patinadora.
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Gilles Beyer foi campeão olímpico na década e 70, e então está sendo acusado por Sarah de abusá-la entre 1990 e 1992. Em uma entrevista para a revista francesa Le Nouvel Observateur, a ex-patinadora se livrou de um peso que carregou por tantos anos, e ela conta que “Ele começou a fazer coisas horríveis que se tornaram em abuso sexual”.
Contudo, após as revelações de Sarah, outras atletas da patinação também fizeram denuncia sobre abusos sofridos pelos treinadores na época. Jean-Roland Racle e Michel Lotz. O primeiro negou o caso, enquanto o segundo não quis se pronunciar. Hélène Godard, hoje com 54 anos, conta não que só foi abusada, como foi pelo mesmo treinador de Sarah, aos 13 anos.
As acusações de Gilles Beyer
Os casos revelados quase 30 anos depois, resultam em uma cultura de encobrimento por parte da Federação Francesa de Patinagem no Gelo. Sendo assim, acabando na demissão do presidente Didier Gailhaguet, este sábado (9), pressionado pela ministra francesa do Desporto, Roxana Mărăcineanu.
Gilles Beyer sempre esteve envolvido em polêmicas, certa vez, ele teria proposto aulas gratuitas, em troca de relações sexuais. O treinador chegou a ser acusado entre 2017 e 2018, mas não terminou em nada. O ex-treinador, ainda se manteve em cargos executivos até 2018, como organizador de eventos.
Por fim, o treinador respondeu as acusações, e na última sexta-feira, admitiu ter tido relações sexuais com Sarah Abitbol.
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