Home Futebol Exigências dificultam acerto de Felipão com o Colo-Colo, mas clube não desiste

Exigências dificultam acerto de Felipão com o Colo-Colo, mas clube não desiste

Felipão está sem clube desde que foi demitido do Palmeiras

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

O Colo-Colo está à procura de um novo técnico, após a saída do chileno Mário Salas. Com preferência por treinadores estrangeiros, o clube descartou três nomes conhecidos do torcedor brasileiro: Diego Aguirre, Francisco Arce e Rafael Dudamel. A preferência da diretoria é por algum estrangeiro e o nome de Luiz Felipe Scolari, de 71 anos, é o favorito do presidente Aníbal Mosa. A informação foi divulgada incialmente pelo jornal “La Tercera” e posteriormente confirmada pelo Torecedores.com.

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Na última sexta-feira (28), Felipão, um dos técnicos mais bem-sucedidos do futebol mundial, iniciou conversas com o Colo-Colo. Pentacampeão do mundo em 2002 com a seleção brasileira e campeão da Copa Libertadores da América com Grêmio em 1995 e Palmeiras em 1999, ele é um dos treinadores mais respeitados do mundo. Sem clube desde que deixou o Palmeiras em setembro do ano passado, Luiz Felipe Scolari recebeu convite no início desta temporada para comandar a seleção chinesa. No entanto, o gaúcho não chegou a um acordo financeiro com a Associação de Futebol da China.

Porém, o Colo-Colo terá de fazer uma engenharia financeira se quiser fechar com Luiz Felipe Scolari. A diretoria dispõe de pouco dinheiro em caixa para contratar grandes nomes do futebol internacional, mas aposta na tradição do clube para convencer o brasileiro a ir trabalhar no futebol chileno. Além disso, os dirigentes terão de ter muita habilidade na negociação. Afinal, Scolari tem sondagens de clubes da América do Sul, Europa, Ásia e também do Brasil.

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Colo-Colo está otimista apesar do abismo financeiro

Apesar do otimismo, o Colo-Colo terá de superar uma barreira financeira para evoluir a negociação com Luiz Felipe Scolari. Segundo informações confirmadas pelo Torcedores.com com pessoas ligadas ao técnico pediu US$ 1 milhão (R$ 4,5 milhões) livres de impostos por um ano de contrato. O valor engloba não só salários de Felipão, mas também de seus assistentes incluídos na negociação. O treinador enviou o empresário Jorge Machado para a negociação com o clube chileno. Já os representantes do “El Cacique” na negociação são o diretor esportivo Marcelo Espina e o vice-presidente executivo Harold Mayne-Nicholls.

No Palmeiras, só para exemplificar, Felipão ganhava R$ 1,3 milhão por mês. No entanto, na primeira conversa com o Colo-Colo, o treinador mostrou-se disposto a reduzir a sua pedida. De acordo com a “Rádio Bio Bio”, do Chile, ele fez uma contraproposta indicando que poderia baixar seu salário para US$ 140 mil (R$ 629 mil) por mês. Por outro lado, o clube respondeu que só pode chegar a US$ 90 mil (R$ 404 mil). Além disso, ele que levar cinco profissionais para compor a comissão técnica. Dois nomes, inclusive, já estão definidos: Paulo Turra e Carlos Pracidelli. Apesar da elevada quantidade, o treinador entende ser de fundamental importância levar pessoas de sua confiança. Por isso, apresentou esse argumento na conversa com os dirigentes chilenos.

Agora, o trabalho do Colo-Colo é convencer Felipão aceitar a redução da pedida salarial para US$ 800 mil (R$ 3,5 milhões). A diferença seria diluída com o pagamento de bônus por metas alcançadas na temporada de 2020. Felipão tem sido bem flexível na negociação, mas o acerto depende somente do alinhamento financeiro que precisa ser feito pelos dirigentes do clube chileno.

Felipão tem adversários de peso com concorrentes

Desde a demissão de Mário Salas, vários nomes estrangeiros estão na lista do Colo-Colo. Porém, o diretor esportivo Marcelo Espina está evitando entrar em detalhes sobre possíveis nomes. O dirigente não vê com maus olhos chamar técnicos que não sejam chilenos. Afinal, o futebol local, no momento, não oferece um nome que seja uma unanimidade entre os dirigentes do clube. Além de Luiz Felipe Scolari, o Colo-Colo trabalha com outros quatro nomes para assumir o comando do time. E o Torcedores.com listou a situação dos concorrentes de Felipão.

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Claudio Borghi | 55 anos | Argentina

Claudio Borghi comandou o Colo-Colo por três temporadas. Nesse ínterim, conquistou duas vezes o Campeonato Chileno (2005/2006 e 2006/2007). Além disso, o ex-jogador do Flamengo treinou o Chile entre 2011 e 2012. Ele, inclusive, acumula experiência à frente do Audax Italiano, Independiente, Argentinos Juniors, Boca Juniors e LDU. Atualmente, o argentino encontra-se sem clube.

Gustavo Alfaro | 57 anos | Argentina

Gustavo Alfaro é o atual técnico do Boca Juniors. Anteriormente, comandou o Atlético Rafaela, Quilmes, Belgrano, Olimpo, San Lorenzo, Arsenal de Sarandi, Rosário Central, Tigre, Gimnasia e Huracán. Ele possui no currículo uma Copa Sul-Americana (2007), uma Copa da Argentina (2012/2013), além de três Supercopas da Argentina (2012/2013, 2013/2014 e 2018/2019).

José Pékerman | 70 anos | Argentina

José Pékerman está sem clube desde que deixou a Seleção da Colômbia onde trabalhou por seis temporadas. O treinador, inclusive, comandou o país nas Copas do Mundo de 2014 e 2018. Anteriormente, foi técnico do time Sub-20 da Argentina entre 2005 e 2001. Três anos depois assumiu a equipe principal. Ele também acumula passagem pelo futebol mexicano. Pelo Toluca, conquistou o único título comandando um time profissional: a Superliga Norte-Americana, em 2009.

Martín Lasarte | 58 anos | Uruguai

Martín Lasarte é o técnico do Al-Ahly, do Egito. O uruguaio trabalhou por cinco temporadas no futebol chileno. Ele comandou, em sequência, os rivais do Colo-Colo: Universidad Católica e Universidad de Chile. Nesse ínterim, venceu um Campeonato Chileno (2015), uma Taça do Chile (2014) e a Supercopa do Chile (2015). Além disso, o treinador também comandou o Real Sociedad. Lasarte conquistou o Campeonato Espanhol da 2ª divisão (2009/2010), reconduzindo o time da cidade de San Sebastián a elite do futebol local.

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