Home Futebol Profeta e herói, Adriano Magrão foi o personagem no último encontro entre Fluminense e Figueirense pela Copa do Brasil

Profeta e herói, Adriano Magrão foi o personagem no último encontro entre Fluminense e Figueirense pela Copa do Brasil

Centroavante foi grande destaque do Fluminense sobretudo por conta dos gols decisivos

Lucas Meireles
Colaborador do Torcedores.com.

Na próxima quarta-feira (11), Fluminense e Figueirense se enfrentam pela Copa do Brasil. Cariocas e catarinenses, inclusive, foram os finalistas da edição do 2007. Naquela ocasião, o Tricolor contou com um gol heróico e uma profecia do artilheiro Adriano Magrão.

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Eram 38 minutos do segundo tempo. O volante, que hoje veste as cores do Fluminense, acertava um chute de rara felicidade no ângulo do goleiro Fernando Henrique. O Figueirense abrira o placar em pleno Maracanã diante do Fluminense.

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Àquela altura, os tricolores já pareciam perder a esperança. O Maraca respirava em silêncio. Mas um jogador não perdeu as esperanças. Adriano Magrão estava predestinado naquela Copa do Brasil. O artilheiro, que havia acabado de retornar de um empréstimo para o Sport, já havia feito gols em todas as partidas desde que estreou já na fase de quartas-de-final. Contra Athletico e Brasiliense, o camisa 9 foi o grande destaque das partidas.

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Contra o Figueirense não seria diferente. O após bela jogada de Thiago Neves pela direita, o goleador estufou as redes do Maracanã. Explodindo a torcida de alegria novamente.

O gol de Magrão trazia a esperança, mas o jogador ainda ficaria marcado naquela decisão por mais um motivo. Na saída do gramado, o atacante, que admitiu estar sentindo cãibras, ainda acabou proferindo uma profecia.

“Eu perdi um gol no fim do primeiro tempo, mas falei que ia voltar, tentar de novo e ia marcar. Eu estava com cãibra, mas insisti e consegui o gol que manteve nosso time vivo. Nós vamos para Florianópolis e vamos buscar o título”, disse Adriano Magrão aos repórteres.

A missão não era das mais fáceis. Isso porque o Figueirense estava invicto jogando em seus domínios. Na casa do Figueira, no entanto, não demorou muito para que a profecia começasse a se concretizar.

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Com apenas 10 minutos, o próprio camisa 9 cruzou na medida para Roger. O então zagueiro, que entrou como titular na vaga do suspenso Luís Alberto, matou no peito e chutou de direita. O raro gol de perna trocada e atuação segura da defesa, que suportou a pressão dos donos da casa, foram o suficiente para que o Tricolor Carioca retornasse a levantar uma taça nacional após 23 anos.

Relembrando o título

Em 2017, Adriano Magrão foi convidado pela FluTV para celebrar os 10 anos do título da Copa do Brasil. Durante a conversa, o ex-centroavante relembrou o gol marcado no primeiro jogo da final.

“Confesso para você que passou vontade de pedir para sair daquele jogo. Mas acontece que o Renato (Gaúcho) não me tirou. E acabou que no final, aos 43 minutos do segundo tempo, o Figueirense já tinha feito o gol. Eu nunca tinha perdido a esperança, mas a gente via torcida caladinha, indo embora. Ai saiu o escanteio, veio aquela bola redondinha e eu fiz o gol que levantou a torcida”, comentou Adriano.

O jogador também lembrou da profecia. De acordo com o camisa 9, a sua fala à beira do gramado fora utilizada para motivar os jogadores do Figueirense antes da decisão. Porém, ainda assim, o artilheiro se manteve confiante para o jogo no Orlando Scarpelli.

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“Todas as decisões nossas foram no campo do adversário. E essa não vai ser diferente. Vamos chegar lá e vamos ganhar. Mas isso acabou até virando motivação para eles, colocaram a entrevista e disseram, o Adriano Magrão está dizendo que vai vir ganhar da gente. Então alguns jogadores mais como o Roger (Machado) disseram ‘Adriano, você não pode falar isso, que a gente vai ser campeão já, os caras vão usar isso contra gente’. E eu disse ‘Roger, me desculpa, mas saiu de dentro de mim'”, completou Magrão.

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