O único país da Europa a ter bola rolando por competições oficiais, no momento, é Belarus (Bielorrússia). Mesmo com mais de 80 casos de infectados pelo novo coronavírus, a opção foi por não paralisar os campeonatos. É lá que joga o brasileiro William Alves. Em entrevista ao portal UOL, ele contou um drama que vive a cada vez que o cronômetro atinge 90 minutos.
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“Eu preferiria que o campeonato estivesse parado. Estou com um pouco de medo. Durante a partida, não me preocupo com isso. Mas, assim que tem o apito final, surge aquela dúvida: ‘será que me contaminei hoje?'”, disse o jogador de 23 anos, que já passou por Juventude, Concórdia, Luverdense, Goiás e Santa Cruz.
“Minha mãe, meu pai e minha esposa me ligando o tempo todo e pedem para eu não sair do hotel de jeito nenhum. O problema é que aqui está tudo muito tranquilo, com as pessoas na rua normalmente e ninguém usando máscara”, contou.
Para se comunicar, o zagueiro tem o suporte de dois companheiros de clube que são africanos e falam português. De acordo com o brasileiro, seu empresário afirmou que existe a possibilidade de interromperem as partidas após a rodada do fim de semana.
Os jogos que abriram a atual edição do Campeonato Bielorrusso, a Vysshaya Liga, aconteceram entre o último dia 19 (quinta-feira) e domingo (22). Em todos houve a presença de torcedores.
William defende o Rukh Brest, recém-promovido à elite nacional e que jamais foi campeão da liga. No compromisso inicial, venceram, fora de casa, por 1 a 0, o Dinamo Minsk, um dia depois do começo do certame. O próximo duelo acontece nesta sexta (27) contra o Energetik-BGU Minsk, que visitará o clube do zagueiro brasileiro.
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