Home Futebol Daronco mira Copa do Mundo, diz o que faria na briga do Gre-Nal e elogia D’Ale e Maicon: “Não falam todo o tempo”

Daronco mira Copa do Mundo, diz o que faria na briga do Gre-Nal e elogia D’Ale e Maicon: “Não falam todo o tempo”

Gaúcho da cidade de Santa Maria, Anderson Daronco conversou com a reportagem do Torcedores.com

Por Eduardo Caspary em 23/03/2020 15:18 - Atualizado há 2 anos

Daronco
Daronco

Em evidência no futebol brasileiro nas últimas temporadas, Anderson Daronco, 39 anos, já se sente preparado para estar representando o país na Copa do Mundo de 2022. Até lá, quer seguir mantendo uma carreira sólida, longe das polêmicas e se aproximando cada vez mais do respeito dos atletas, dos clubes e da imprensa.

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Ao Torcedores.com, o gaúcho percorreu vários assuntos como a parada geral por conta do coronavírus, a polêmica briga do último Gre-Nal, o futuro na televisão e deu uma surpreendente opinião sobre D’Alessandro e Maicon, negando que eles sejam “chatos” com as equipes de arbitragem durante os jogos.

Confira o bate-papo:

Torcedores.com: Do ponto de vista do árbitro, como você avalia essa paralisação geral no futebol brasileiro e quais impactos podem trazer no retorno das atividades?

Anderson Daronco: Do ponto de vista humano é extremamente necessária e acho que ainda é cedo para termos uma real dimensão de quanto tempo ficaremos assim. Do ponto de vista técnico, talvez tenhamos impactos que ainda não vamos conseguir mensurar. Para todos os envolvidos no futebol, seja no ponto de vista financeiro como também no técnico, que pode influenciar no cancelamento, adiamento ou mudança de formato das competições. Em todos estes pontos, nós árbitros também estamos envolvidos.

T: Você, até agora, tem construído uma carreira com relativamente poucas polêmicas e respeito por parte da imprensa e atletas. Concorda com essa análise? E, a partir dela, o objetivo é estar na próxima Copa do Mundo?

AD: Certamente, quanto maior o tempo de carreira maior a possibilidade de se ver envolvido em alguma polêmica principalmente quando se está frequentemente atuando nos grandes jogos de maior repercussão. Isso é inevitável e não tem como fugir. O negócio é trabalhar jogo a jogo e tentar construir uma carreira regular com o menor número possível de decisões equivocadas. E claro que estar em uma Copa do Mundo é um sonho, mas assim como eu o alimento, outros colegas também o fazem e também são merecedores. Quem quer que vá, eu tenho certeza que representará muito bem o país.

T: Falando dos dois grandes do RS. Acaba sendo mais difícil apitar jogos de atletas como Maicon e D’Alessandro, que falam bastante com a arbitragem e já conquistaram uma história grandiosa nos seus clubes?

AD: Eles são dois grandes jogadores e muito representativos das instituições que defendem, que marcaram época pelo que já conquistaram. E discordo que falam o tempo todo com a arbitragem. Às vezes, um jogador passa 80 minutos sem manter um diálogo com o árbitro no campo e na primeira que faz, no imaginário do torcedor, parece que ele fez o jogo inteiro. Além disso, nenhum jogador é proibido de conversar com arbitragem desde que o faça com respeito, sem contestações constantes. Na maioria das vezes, este diálogo respeitoso se faz necessário dentro do campo de jogo.

T: Qual o jogador da dupla Gre-Nal é o mais complicado de apitar e o qual é o mais fácil de lidar dentro de campo?

AD: Cada jogo é uma nova história, com características próprias. Sendo assim, não podemos trazer a história anterior destes jogadores para a partida atual. Um jogador não pode ser punido pelo passado nem pelo que fez na partida anterior. O que deve ser levado em consideração é seu comportamento na partida em questão. E isso vale para os que têm um bom comportamento pregresso também.

T: Quando um jogo descamba para a pancadaria generalizada, como vimos recentemente no Gre-Nal, qual, na sua opinião, é a melhor postura a ser adotada pelo árbitro?

AD: Muito difícil dizer. Muitas vezes tomamos atitudes que dão certo num jogo e num outro não dão. Precisamos contar com a atitude dos jogadores também, eles precisam aceitar e se adequar às intervenções que são tomadas. Geralmente se tenta evitar ao máximo um conflito generalizado, mas depois que ele começa, nos resta procurar observar tudo e tomar as devidas providências, além de, claro, continuar tentando isolar os focos de conflito.

T: Muitos, mas muitos dos seus colegas, assim que acabam a carreira, se tornam comentaristas de arbitragem na televisão ou rádio. Você tem esse desejo para o futuro?

AD: Considero esta função muito importante, pois aproxima o torcedor do árbitro. Se um dia receber este convite, certamente vou analisar com muita atenção. Primeiramente quando encerrar carreira, eu gostaria de continuar no meio da arbitragem, e isso começa a ser construído agora, com muito respeito para com os colegas, comissões, bem como, com as instituições que representamos.

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