O coronavírus se tornou o grande problema mundial, se espalhando por quase todos os países e causando mortes e prejuízos. Para os que trabalham diretamente contra a pandemia, caso de um ex-lutador do UFC, o drama é muito vezes maior.
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Philippe Nover, que foi lutador do Ultimate e hoje trabalha como enfermeiro em Nova York, se juntou aos esforços do estado para tentar conter a disseminação do coronavírus. E tem visto o horror de salas de emergência e prontos-socorros lotados de vítimas e possíveis vítimas.
“Em dias, isso daqui virou uma loucura. A cidade de Nova York vi que não estava bem preparada, faltavam diversos equipamentos de segurança, como máscaras, foram muitos problemas no começo. Só conseguimos começar a testar de forma mais intensa na última semana, mas só há um hospital em Long Island que pode fazer esses testes em massa e a doença vem se espalhando bastante. Mas os resultados demoravam três dias e isso há alguns dias. Hoje, já podemos fazer mais testes, mas os resultados demoram, disse Nover ao MMAFighting.
Até a última segunda-feira (30), mais de 900 pessoas haviam morrido por causa do Covid-19 e pouco mais de 38 mil casos foram detectados no estado de Nova York, um dos epicentros da pandemia nos EUA. Com o crescimento no número de doentes, o ex-UFC tem visto cenas bastante chocantes e comoventes.
“Tem sido terrível, vi gente morrer na minha frente, sem ar. As UTIs estão cheias de pacientes com o coronavírus, vi amigos e colegas de trabalho contraírem a doença. Testar tem sido a única coisa que resolve, mas não temos testes o bastante. Até que tenhamos testes o bastante para fazer, a doença vai se espalhar”, disse.
“Outro dia tínhamos um paciente que teve um infarto e não tinha cama na UTI para ele. Não gostaria de ter um parente meu que tivesse um ataque e tivesse que dividir uma UTI com alguém com Covid-19, por que está se espalhando muito forte”, afirmou.
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(Crédito da foto: Reprodução/Instagram)
