Home Futebol Gigantes brasileiros podem aproveitar a paralisação do futebol para resolver problemas

Gigantes brasileiros podem aproveitar a paralisação do futebol para resolver problemas

Equipes brasileiras podem aproveitar paralisação para resolver os problemas

Matheus Expedito
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. 24 anos.

A paralisação do futebol brasileiro devido ao surto do Covid-19, o novo coronavírus, pode ter um lado minimamente positivo, pelo menos em termos esportivos. Isso porque algumas equipes nacionais vinham com problemas sérios nesses primeiros dois meses e meio de temporada, desde questões técnicas até problemas extracampo, como atraso de salários e turbulências na diretoria.

PUBLICIDADE

Você conhece o canal do Torcedores no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram

Talvez o time que mais se enquadra nessas situações seja o Corinthians, pressionado pela questão técnica e administrativa. Embora não tenha registro de salários atrasados, o alvinegro é visto como a equipe brasileira com o futebol mais decepcionante da temporada. O desempenho abaixo do esperado dentro das quatro linhas causou problemas dentro da diretoria, com o presidente Andrés Sanchez cobrado semanalmente pelos torcedores.

Mas ainda há vários outros times além do alvinegro paulista com problemas a serem resolvidos. O Torcedores explanou um pouco da situação desses clubes e analisou como a paralisação pode ser utilizada a seu favor.

PUBLICIDADE

Vasco da Gama

Com os mesmos problemas financeiros de outras temporadas, o Vasco da Gama literalmente começará um novo trabalho após a paralisação. Isso porque o técnico Abel Braga pediu demissão do cargo e o novo comandante deve promover mudanças significativas dentro do elenco. A diretoria deve se apressar para encontrar um substituto, tendo em vista que todo tempo é valioso neste momento, mesmo que os jogadores não possam treinar.

O alinhamento de ideias entre o novo treinador e a diretoria também deve ser mais preciso, se não quiser correr o risco de outra demissão ainda nesse ano. Outro ponto que deve ser bem destacado é a maior utilização das categorias de base e a dispensa de atletas com rendimento abaixo do esperado no elenco – Ribamar, Marcos Júnior e Fellipe Bastos são exemplos.

Campello deve aproveitar paralisação para ajeitar a casa

Rafael Ribeiro/Vasco

Cruzeiro

A Raposa certamente é o clube com a situação mais desconfortável entre os grandes do futebol brasileiro. Com resquícios da última temporada e da administração questionável de Wagner Pires de Sá, o Cruzeiro terá de buscar mais qualidade para o elenco, pensando em um retorno imediato à elite do Brasileirão. Assim como precisará de um novo treinador, já que Adílson Batista se desligou do cargo na última semana.

No entanto, a questão mais importante nesse momento é a definição de um novo presidente. O Conselho Gestor assumiu provisoriamente até maio, quando será realizada a eleição para o mandato tampão, que vai até o final do ano. Em outubro, outro pleito será realizado na Toca da Raposa, mas desta vez em definitivo. Enquanto nada é definido, o clube fica sem uma direcionamento em suas ações.

PUBLICIDADE
Fábio é o líder do Cruzeiro na temporada

Vinicius Silva / Cruzeiro

Fluminense

O Tricolor carioca é mais uma instituição que pena para manter os salários em dia. As questões financeiras influenciam diretamente na montagem do elenco e muitos jogadores com um nível abaixo são contratados por serem mais baratos. Mesmo assim, o técnico Odair Hellmann tem feito um ótimo trabalho, dentro do que era esperado, e conseguiu dez vitórias em 15 partidas no ano.

Uma lição pode ser tirada desses primeiros meses de futebol: é melhor utilizar as categorias de base do que contratar jogadores baratos. Essa afirmação é mostrada quando o ataque é formado por Evanilson e Marcos Paulo, dois recém-promovidos que colocaram os reforços Fellipe Cardoso, Caio Paulista e Fernando Pacheco no banco de reservas. Isso sem mencionar o garoto Miguel, de apenas 16 anos, que tem tido melhor aproveitamento que alguns veteranos.

Odair Hellmann

Divulgação/Site Oficial do Fluminense

Atlético-MG

A paralisação também pode ajudar diretamente o Atlético-MG, que está iniciando um novo trabalho com Jorge Sampaoli. Tanto o argentino quanto a diretoria terão mais tempo para planejar reforços e dispensas para a disputa do Campeonato Brasileiro, o único compromisso da equipe no segundo semestre – lembrando que o time já foi eliminado da Copa do Brasil e Sul-Americana.

Mesmo sem poder treinar os atletas, Sampaoli poderá analisar alguns nomes do elenco com um pouco de calma nesse período, através de relatórios e vídeos fornecidos pelo Galo. Isso também vale para as categorias de base, que possivelmente será acionada pelo argentino nos próximos meses.

PUBLICIDADE
Sampaoli deve aproveitar paralisação para ajeitar o Galo

Atlético MG / Bruno Cantini

Corinthians

Citado nessa mesma reportagem como o clube mais problemático do país, o alvinegro tem algumas semanas para ajeitar a casa. O presidente Andrés Sanchez bancou o técnico Tiago Nunes, mas é importante lembrar que o cartola balança no cargo. Uma limpeza deve ser feita no elenco e nomes como Araos, Richard e Matheus Davó devem dar adeus time.

Algumas contratações pontuais devem ser feitas pelo clube, se não quiser ter maiores problemas, como um atacante de lado, um meia armador e mais um zagueiro. O consenso é que esses atletas devem chegar para resolver problemas dentro elenco e, com isso, a diretoria não poderia fazer mais apostas. Nos últimos anos a diretoria exagerou com o número de jogadores desconhecidos e aquele velho ditado prevaleceu: “O barato sai caro”.

Paralisação pode ajudar Tiago Nunes

Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

LEIA MAIS:

PUBLICIDADE