“Homens recebem mais no futebol porque convivem com torcidas hostis”, diz federação norte-americana

A Federação Nacional de Futebol dos Estados Unidos decidiu argumentar sobre os motivos da desigualdade salarial entre as suas duas principais seleções. O principal argumento utilizado pela entidade foi a convivência com “torcidas hostis” a que a seleção masculina seria submetida.

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Ou seja, de acordo com a USoccer, os meninos recebem mais por um motivo simples. Isso porque precisam passar por jogos com torcedores mais violentos em países como o México e outros países da América Central. Vale lembrar que a equipe norte-americana costuma jogar muito nesses países já que também faz parte da Concacaf, que faz a gestão do futebol nas Américas Central e do Norte, além do Caribe.

O argumento foi feito de maneira oficial em um tribunal federal em Los Angeles. Tudo aconteceu durante uma importante audiência nesta terça-feira (10). De acordo com a entidade, “o time masculino precisa jogar rotineiramente em arenas intimidadoras”. Dessa forma, pela lógica apresentada, isso mostraria que os empregos dos meninos seria mais complicado do que o emprego da seleção feminina.

Processo

O argumento apresentado acontece em meio a um longo processo que exige igualdade de tratamento entre as seleções masculina e feminina dos Estados Unidos. A equipe feminina está processando a entidade. De acordo com as jogadoras, a entidade estaria praticando uma espécie de discriminação de gênero. A equipe exige ainda uma retribuição financeira na casa dos 66 milhões de dólares.

“Até a hostilidade dos torcedores em casa para a seleção masculina em alguns amistosos pode ser diferente. Isso se compararmos com o que a seleção feminina enfrenta. Isso é tudo evidência de que os empregos são substancialmente diferentes”, diz a entidade.

Advogados da entidade também argumentam sobre a audiência televisiva dos jogos. Segundo eles, os números da seleção masculina seriam três vezes maiores do que os números apresentados pela seleção feminina.

Até a publicação desta matéria, a equipe da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos ainda não tinha se pronunciado.

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