Home Futebol Mário Bittencourt discute medidas para aliviar crise no Fluminense

Mário Bittencourt discute medidas para aliviar crise no Fluminense

Desde a semana passada, diretoria tricolor vem se reunindo em busca de soluções para reduzir o impacto causado pela paralisação do futebol devido a pandemia do coronavírus

Victor Lessa (Rádios Globo e CBN)
Colaborador do Torcedores

Desde a semana passada a diretoria do Fluminense vem se reunindo e discutindo as decisões que terão de ser tomadas para, pelo menos, amenizar o impacto que a paralisação do futebol pela pandemia do coronavírus irá causar ao clube nos próximos meses. Na última quinta, o presidente Mário Bittencourt explicou os primeiros passos em relação ao que será feito em termos trabalhistas e jurídicos. Na verdade, tudo ainda depende de muita negociação. Representante da Comissão Nacional de Clubes, Mário apresentou uma proposta a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (fenapaf), que visa resolver pontos importantes e tentar minimizar ao máximo os efeitos da paralisação do futebol brasileiro. A primeira medida é antecipar as férias, ou seja, férias coletivas para todos. Seria uma maneira de ganhar 30 dias e estender a calendário até o final de dezembro.

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Caso a proposta da Comissão Nacional de Clubes seja aceita e as competições não voltem após os 30 dias de férias, Mário Bittencourt explicou que os jogadores passariam a receber apenas metade da remuneração e voltariam a treinar em casa. Se a quarentena persistir, a saída seria a suspensão do pagamento de salários, com o contrato sendo estendido automaticamente como forma de compensação.

“Tem uma comissão de clubes das séries A, B, C e D, que já existia anteriormente até. Eu faço parte junto com Grêmio, Palmeiras, Bahia e Atlético-MG. Na sexta, fizemos uma grande videoconferência, uma reunião com mais de 20 clubes presentes, e tentamos desenvolver uma proposta de acordo, deixando claro que não é algo unilateral, é algo para ser levado aos atletas, aos profissionais, é algo para minimizar o prejuízo que nós temos como clubes, que os atletas têm, os jornalistas têm. A ideia é tentar manter o maior número de empregos possível. A gente fez a proposta, entregamos para a Fenapaf e esperamos até amanhã ou terça uma resposta. Importante esclarecer: tem se ouvido muito que os clubes estão impondo, mas não é isso, vamos ter dificuldade de acabar o ano, cumprir o calendário”, explicou Mário Bittencourt, em entrevista ao Sportv.

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Sem isso, é certo que grande parte dos clubes, incluindo o Fluminense, não conseguirão arcar com todos os custos de folha e demais despesas. O Fluminense já vem fazendo cortes de gastos há algum tempo, mas sem receitas de bilheteria, venda de camisas e até mesmo a venda de algum jogador, fica praticamente inviável cumprir com as obrigações do futebol. Por isso, a diretoria vai reforçar ainda mais o pedido para que os torcedores se associem. Hoje, o sócio-futebol é visto como um fator que pode ser muito importante na tentativa se salvar e equilibrar o clube financeiramente.

Havia uma reunião prevista para a próxima sexta-feira, onde seria apresentado o orçamento para a temporada 2020, que assim como outras, teve que ser adiada. Com isso, a diretoria ter tempo para refazer alguns pontos do balanço que já havia sido aprovado pelo Conselho Fiscal, já que o tricolor perderá receitas devido a crise do coronavírus. São medidas que o fluminense e todos os clube brasileiros terão que toar para sobreviverem a esse momento difícil pelo qual todos vem assando. Uma das primeiras consequências para o Fluminense foi a notificação da rescisão de contrato de patrocínio com o Azeite Royal. A empresa também tinha acordo com os outros clubes do Rio e o Maracanã.

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