Diante da paralisação do futebol brasileiro em decorrência da pandemia do coronavírus, os clubes se mostram cada vez mais pressionados para manter as contas em dia. No Náutico, o presidente Edno Melo seguiu a linha de outros mandatários, e fez um apelo para que o sócio-torcedor continue com sua mensalidade em dia, classificando a ação como “determinante para a vida do alvirrubro”.
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Com o calendário nacional sendo uma incógnita, a única receita do Timbu é o quadro de sócios-torcedores, que atualmente conta com 12.800 filiados.
“Nós não temos renda de TV, não temos bilheterias e não tem como buscar novos patrocínios. Se o associado não seguir e, se possível, crescer o número, corre o risco de fecharmos. O Náutico não consegue segurar uma situação dessa sem os sócios. Manter os sócios é determinante para a vida do clube.”
Na atual temporada, o Náutico tem uma folha salarial orçada em quase R$ 580 mil. Com o programa de sócio-torcedor, o clube alvirrubro arrecada cerca de R$ 300 mil. As mensalidades do planos variam de R$ 12 a R$ 149. Cifras estas que serão vitais para que o Timbu mantenha os pagamentos em dia.
– Nossa folha está em dia. Devido um grande esforço de ajustar as contas do clube, nós mantivemos a folha dentro do orçamento. Mas, no próximo mês, nós dependemos desse dinheiro para, pelo menos, arcar com salário de carteira dos atletas e manter o pessoal do administrativo e do futebol em dia.
A exemplo de outros clubes do Brasil, o Náutico dará 20 dias de férias coletivas ao seu elenco – contando a partir do dia 1º de abril – e negociará de forma individual com os jogadores a questão de redução salarial. Neste tempo de inatividade por conta da pandemia, os direitos de imagem não serão pagos.

