Home Futebol “Me preocupo e torço para que estejam a salvo”, diz meia senegalês da Ponte Preta, que tem mulher e filha no Senegal e irmãos na França

“Me preocupo e torço para que estejam a salvo”, diz meia senegalês da Ponte Preta, que tem mulher e filha no Senegal e irmãos na França

Devido à pandemia do coronavírus, Papa Faye diz viver momentos de apreensão em Campinas em razão da distância de sua família

Adriano Oliveira
Sou colaborador do Torcedores.com desde 2018, com mais de 3.600 textos publicados, porém escrevo sobre futebol há mais de 15 anos. Mas é claro que a paixão por este esporte começou bem antes disso. Hoje, aos 51 anos de idade, o futebol ainda me faz sentir a mesma coisa que eu sentia aos 10.

“Minha família, esposa, minha filha, meus pais, irmãs e irmão, estão no Senegal. Tenho ainda uma irmã e um irmão vivendo na Fança. Falo com todos eles diariamente por whatsapp, mas fico preocupado com eles, me preocupo e torço para que eles estejam a salvo. Essa situação é triste para todo mundo”.

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A frase acima é do meia senegalês Papa Diene Faye, que fez sua estreia vestindo a camisa da Ponte Preta na vitória por 3 x 0 sobre o Afogados-PE, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, disputada no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, há pouco mais de duas semanas.

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O jogador de 23 anos diz estar vivendo “momentos contraditórios”, já que sente-se realizado profissionalmente defendendo o clube paulista e com seu nome gritado nas arquibancadas logo no primeiro jogo, mas por outro lado existe a preocupação constante por estar longe de sua esposa e da filha de apenas dois meses, devido à pandemia do coronavírus.

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Papa Faye também alerta para a necessidade de isolamento social de modo a conter a disseminação do contágio da infecção. Ele conta que deixou o alojamento do clube e passou a morar temporariamente com seu representante Lucas Pereira, ex-jogador da Ponte Preta.

“O Lucas e a noiva dele são uma família adorável, que está cuidando de mim.  Minha rotina, como a de todo mundo, mudou neste período de quarentena.  Treino todos os dias, seguindo as orientações que recebo da Ponte, assisto às notícias na TV, leio livros, assisto a seriados e converso com a família e amigos pelo celular”, disse o senegalês, que espera voltar a vestir a camisa da Macaca mais vezes.

“Fiquei muito feliz, muito entusiasmado. No que depender de mim, quero permanece na Ponte, um time que já amo e pelo qual torço, e enfrentar as situações que vierem pela frente. Sei que o momento é difícil no Paulistão, mas situações ruins ocorrem em todos os times e, todos nós do elenco, com fé e trabalho duro, podemos reverter isso e sair vitoriosos da situação. Eu sempre darei meu melhor e meu coração para levar o time para cima”, completa.

Com duas vitórias, um empate, sete derrotas e 23% de aproveitamento, a Ponte Preta ocupa o último lugar da classificação geral do Campeonato Paulista com sete pontos, restando somente duas rodadas para o fim da primeira fase. Por conta do coronavírus, a competição está paralisada por tempo indeterminado.

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