O dia 30 de outubro de 2018 ainda não saiu da memória de Bressan. Ao cometer um pênalti e ser expulso de campo, ele se tornou um dos pivôs da eliminação gremista na semifinal da Libertadores diante do River Plate, na Arena, em Porto Alegre. Foi a sua última partida pelo clube. Sem mais clima após o fatídico jogo, acabou afastado e no ano seguinte se transferiu ao FC Dallas, dos Estados Unidos, onde segue até hoje.
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Mas o triste episódio não tira de Bressan o carinho pelo clube. Em depoimento publicado pelo Instagram do O Clube Football, o zagueiro de 27 anos garantiu que continua sendo mais um dos tantos torcedores gremistas apaixonados que só querem o bem do tricolor:
“O carinho que eu tenho pelo Grêmio nunca vai mudar. Participei da história desse grande clube e me orgulho muito. Desejo tudo de bom pra torcida, que venham mais títulos, eles merecem, são apaixonados. Sei o quanto sofrem e ficam alegres, sou um torcedor como eles”, disse, antes de acrescentar:
“No Grêmio eu tive vitórias e derrotas. Ganhei Gauchão, ganhei Libertadores, Recopa, perdi Brasileirão, perdi Libertadores. Fiz tudo aquilo que eu poderia fazer. Na vida a gente aprende e eu me preparei pro jogo do Lanús, como pro jogo do Cruzeiro e do River Plate da mesma maneira. Mas o futebol é assim. Essa é mais uma página escrita na minha vida, que não vai ser mudada. E eu tenho muito orgulho”.

Bressan se descontrolou na partida contra o River – Foto: Reprodução
Papo com Kannemann está até hoje na mente e no coração
Um dos grandes momentos de Bressan no Grêmio foi o título da Libertadores de 2017. Com Kannemann suspenso, ele entrou como titular no jogo decisivo contra o Lanús, na Argentina, com a benção do próprio argentino momentos antes da partida terminada em 2×1.
“A gente estava aquecendo no vestiário antes de entrar. O Kannemann entrou junto com a gente e veio falar comigo algumas palavras. Talvez ele nem lembre, mas ficou guardado até hoje. Ele chegou me dizendo: “Cara, tu nasceu pra isso aqui, pra viver isso aqui. Vai lá dentro e faz o que tu sabe fazer”. Aquilo me deu um combustível grande, que eu já tinha e fomos lá ganhar esse título. Sensação inexplicável”, comentou.
Bressan, naquela noite, formou dupla de zaga com Geromel. O Grêmio faturou o tricampeonato com gols de Fernandinho e Luan.
“Se pudesse, faria diferente”, diz Bressan sobre o River Plate
Tudo se encaminhava para mais uma final gremista em Libertadores, a segunda consecutiva. Mas, mesmo com o 1×0 a favor, as coisas mudaram completamente em 15 minutos. Bressan entrou em campo na vaga do contundido Paulo Miranda e acabou prejudicando o time ao ser expulso com dois amarelos após cometer pênalti.
“A gente tinha o jogo na mão. Estávamos com o resultado. Aí tomamos um gol que não poderíamos tomar. Tocou no braço do cara e o VAR não foi consultado. O meu lance do pênalti eu lembro até hoje que nenhum dos caras do River reclamou na hora. Então, são coisas do futebol, coisas que fazem parte. Se eu pudesse fazer de novo, eu com certeza teria escrito uma história diferente. Assim como todos os outros campeonatos que eu perdi. No futebol infelizmente a gente mais perde. Foi um momento difícil profissionalmente e a minha esposa foi a base para suportar aquelas noites”, admitiu.
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