Home Extracampo Técnico de time da LaLiga2, Manuel Mosquera detona conversas para retorno do futebol: “Surreal”

Técnico de time da LaLiga2, Manuel Mosquera detona conversas para retorno do futebol: “Surreal”

Técnico do Extremadura, da La Liga 2, Manuel Mosquera destaca infraestrutura precária em divisões inferiores da Espanha, mas não esconde saudade

Willian Ferreira
Colaborador do Torcedores.com e contador de histórias do esporte.

Muitas pessoas ligadas ao esporte querem o retorno imediato das atividades no planeta. A pandemia do coronavírus, porém, deve demorar para passar a ponto de deixar tudo em condições normais. Apesar disso, alguns locais começam a ter conversas para retornar a campos e quadras. Manuel Mosquera, técnico do Extremadura, da LaLiga 2 (segunda divisão espanhola), discorda veementemente de tais tratativas.

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Em entrevista à Rádio Marca, Manuel Mosquera detonou quem pensa no retorno do futebol em breve. “Quem perde mais a agricultura ou o futebol, o turismo ou futebol? Para mim, é surreal pensar que eventos importantes como Wimbledon, a UEFA Champions League, os Jogos Olímpicos estão sendo suspensos … e estamos pensando em jogar em julho ou agosto no futebol. Do meu ponto de vista, como a pessoa mais sensata e cidadão, o ideal é não jogar. Não deve jogar. Suspender La Liga seria mais lógico”, declarou.

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Para o técnico, a infraestrutura do futebol nas divisões menores da Espanha impossibilita o retorno aos campos. “Jogávamos em condições em que não sei se poderíamos tomar medidas extraordinárias. Da mesma forma, equipes grandes podem ter infra-estruturas para manter isso. Equipes como o Extremadura, porém, não têm dinheiro para ter quinze vestiários, sete campos e um hotel para nós. Os jogadores têm medo do que pode acontecer. As mulheres estão grávidas, com filhos pequenos, familiares”, declarou Manuel Mosquera.

Ânsia para voltar

O treinador, porém, não esconde a vontade de jogar. “Tanto minha equipe técnica quanto os jogadores estão com o motor de competição funcionando, preparados para o que eles nos dizem. Desde que os padrões mínimos de segurança sejam atendidos. Não apenas no futebol, mas na sociedade”, finalizou Manuel Mosquera.

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