Fica no Grêmio ou vai para o rival? Cinco perguntas e respostas para entender a situação de Ferreira
Nova manifestação do empresário de Ferreira citando o Inter agitou as duas torcidas gaúchas
“Ele ficaria encantado em jogar no Inter”. Segundo o jornalista do Grupo Bandeirantes, Leonardo Meneghetti, foi dessa forma que o empresário Pablo Bueno definiu a situação do atacante Ferreira, que segue em litígio e na Justiça pedindo a rescisão com o Grêmio. Tudo começou após a recusa na proposta de renovação de contrato e explicamos em cinco perguntas abaixo toda a situação.
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Ferreira pode, mesmo, ir para o Inter?
Não agora. Apesar da declaração polêmica de Bueno dada a Meneghetti, a direção do Inter, ao mesmo jornalista, descartou qualquer tipo de investida neste momento. Um dos argumentos colorados é não interferir na boa “relação institucional” tida entre ambas as direções – os presidentes Marcelo Medeiros e Romildo Bolzan Jr são contemporâneos e amigos desde a faculdade.
Há alguma chance de acerto com o Grêmio?
Nesse momento, não. Quando rompeu o silêncio em uma entrevista-desabafo na última semana ao jornalista Jorge Nicola, também no YouTube, Ferreira disse se sentir traído por alguns dirigentes do Grêmio, do qual não citou nomes. Ele concordou que não há mais clima para seguir e que, desde o início de todo o litígio, a direção não procurou mais o empresário Pablo Bueno para retomar as tratativas.
Qual a verdadeira mágoa de Ferreira com o Grêmio?
A proposta negada pelo atacante, cujo contrato atual vai até o meio de 2021, era na casa dos R$ 30 mil mensais. Mesmo querendo uma valorização maior, ele garante que o problema maior não era o salário. E, sim, a ausência de luvas e percentual no passe, que seguiria 80% com o clube e 20% com a escolinha conveniada que o revelou. Assim, em uma eventual venda, ele ficaria “chupando o dedo”.
“Ninguém fala que no ano passado eu renovei sem aumento salarial. Não tem jogador que hoje em dia renove sem aumento ou bônus, mas eu aceitei. Tinha gente na transição que ganharia mais que eu, que subi profissional. Nada contra eles, que também têm méritos. Em 2014, assinei meu primeiro contrato e ficou 20% pra escolinha de onde eu vim, que é conveniada ao Grêmio, e 80% pro clube. Se eles me vendem, eu ficaria chupando o dedo. Ficou assim o contrato até janeiro. De um dia pro outro, chegaram em mim: “Ou você renova ou não vai ser inscrito na Libertadores”. Não tem como decidir assim em 24 horas. Me deixaram contra a parede e me afastaram”, desabafou Ferreira.
A postura do empresário interfere?
Sem papas na língua e dono de entrevistas sempre polêmicas, Pablo Bueno tem sido um dos protagonistas de toda essa pendência. Ele também é o empresário do atacante Tetê, que, vale lembrar, foi negociado por cerca de R$ 42 mi ao Shakhtar Donetsk sem jamais ter jogado no profissional do Grêmio – tanto ele quanto Bueno lamentaram a falta de oportunidades com o técnico Renato Portaluppi. A situação gerou desconforto e o próprio Renato criticou o agente em entrevista na época. Em 2020, as trocas de farpas entre dirigentes e Bueno também foram constantes.
Na avaliação de Ferreira, o fato de Bueno ser o mesmo empresário de Tetê prejudicou a atual negociação. “Teve sim (influência por ser o mesmo empresário). Desde que começou essa briga com o Grêmio, vários empresários me ligaram e falaram assim: “Olha, fecha comigo que a gente consegue no Grêmio tudo que você está pedindo”. Eles também entenderam que a treta era com o Grêmio”, revelou, ao canal de Nicola.
Como fica a situação do atacante na volta aos trabalhos?
Recentemente, o jornalista Eduardo Gabardo, da Rádio Gaúcha, detalhou os dois possíveis caminhos para o jogador no retorno do futebol. A primeira delas, por conta dos últimos acontecimentos, parece cada vez mais improvável.
- Entrar em acordo com o clube, tirar a ação na Justiça e renovar até 2023
- Manter a ação, não se acertar e ficar treinando no time de transição sub-23 até ficar livre no mercado, no meio de 2021.
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