Mudanças em Interlagos ajudam a explicar falta de pilotos na Fórmula 1, relembra jornalista após conversa com ex-piloto

Felipe Massa se retirou da Fórmula 1 2017. De lá para cá, o Brasil não teve mais pilotos brasileiros na categoria-rainha do automobilismo. O último título nacional no certame veio em 1991, com Ayrton Senna. Muito se discute sobre a “crise” do esporte a motor no Brasil, que parou de revelar nomes. Francisco Lameirão, histórico nome do automobilismo brasileiro nos anos de 1960 e 1970, deu a sua versão. E ela passa sobre o autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, Zona Sul de São Paulo.

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As palavras de Francisco Lameirão foram reveladas pelo jornalista Flávio Gomes em Live do Grande Prêmio, portal que cobre automobilismo. De acordo com o profissional, as palavras do ex-piloto foram: “Flávio, Interlagos, quando tinha o traçado antigo, de oito quilômetros, tinha curva de alta, reta grande, reta pequena, cotovelo, curva de noventa graus, curva de baixa, curva em subida, curva em descida, curva de raio longo. Tinha tudo. Aí, chegávamos na Inglaterra, em Brands Hatch, por exemplo, tinha duas curvas que eu falava que tinha igual em Interlagos. Em Oulton Park, via que tinha algo parecido com o autódromo”, relembrou o jornalista.

Empecilhos

As dificuldades para se correr naquele tempo também foram relembradas na conversa de Francisco Lameirão e Flávio Gomes. “A gente encontrava um pedacinho de Interlagos em todas as pistas. Nós nos adaptávamos muito rápido. Também tínhamos necessidade de dar certo muito rápido. Se isso não acontecesse, acabava o dinheiro e tínhamos que voltar”, finalizou.

Francisco Lameirão começou a correr de kart em 1964, aos 19 anos. Encerrou a carreira em 1978, com sucesso no automobilismo nacional e bons resultados na Europa, mas sem chegar à Fórmula 1.

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