Gabriel Pirani completou 18 anos há menos de um mês. O jogador, que é considerado a nova promessa dos Santos desde que tem 12 anos, renovou seu contrato com a equipe paulista em fevereiro e tem uma multa rescisória de 100 milhões de euros, o equivalente a 628,9 milhões de reais (na cotação atual).
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Discreto, estudioso e trabalhador: são com essas palavras que o jogador se define. Em entrevista à Gazeta Esportivo no começo de 2020, Pirani disse que herdou as características da família.
“Meus pais nunca pararam de trabalhar pelo fato deu ser jogador. Acredito que vou ser um grande jogador de futebol, meu objetivo é esse. Mas antes tenho que ser um grande cidadão, bom filho, bom aluno, bom funcionário e aprender o máximo que eu puder em tudo na minha vida”, contou.
Meia-atacante de origem, o jogador ainda não estreou na equipe principal e tem, no momento, o objetivo de se firmar no sub-20 dos Santos. Considerado “o melhor jogador das categorias de base do Santos” por Elano, Pirani já admitiu que se espelha no ex-jogador santista por ele ser um ‘cara mais sério’.
‘Mesada’ dos pais
Gabriel nasceu na cidade de Penápolis, há cerca de 550 km de Santos, e se mudou para o litoral santista para realizar o sonho de ser jogador de futebol. Como o salário não era o suficiente para se manter, seu pai precisou ajudá-lo financeiramente e chegou a se mudar para o Congo, onde trabalhou durante quatro anos para conseguir sustentar a família e o sonho do filho.
A trajetória de vida dos pais fez Pirani ter mais consciência em relação ao dinheiro. Em entrevista à Gazeta Esportiva, o jogador contou que recebe apenas uma parte do seu salário e o restante deixa sob responsabilidade dos pais, que guardam o dinheiro.
“[Meus pais] Sempre me ensinaram que temos que viver com o que é necessário, que eu sou jovem e preciso ter limite com os gastos e dar valor ao dinheiro. Tem muita gente que trabalha muito, estuda muito e se dedica muito, mas pode não ter a mesma sorte que eu. No nosso país os jogadores de futebol são valorizados, então eu tenho uma “mesada” que é o suficiente para passar o mês. E meus pais guardam pra mim desde já”, afirmou.
São Paulo x Santos
O caminho de Gabriel poderia ter sido bastante diferente. Ainda na infância ele precisou escolher entre São Paulo e Santos. Ele já havia passado em alguns testes do tricolor paulista quando tinha entre sete e nove anos. Quando precisou escolher entre fazer teste no Santos ou no São Paulo para aí sim iniciar sua carreira, decidiu pela equipe do litoral paulista. Segundo Pirani, a escolha se deu porque na época apenas o Santos disputava campeonatos sub-11.
