Home Futebol Marco Aurélio Cunha ironiza clubes-empresa e revela motivo de queda do São Paulo: “Soberba”

Marco Aurélio Cunha ironiza clubes-empresa e revela motivo de queda do São Paulo: “Soberba”

Em Live no canal Arnaldo e Tironi no Youtube, Marco Aurélio Cunha afirmou que soberba fez São Paulo decair e pediu legislação para clubes-empresa

Willian Ferreira
Colaborador do Torcedores.com e contador de histórias do esporte.

Muitos falam que a derrota ensina muito mais que a vitória. O triunfo faz com que muitos pensem que estão no caminho certo e não devam se preocupar com mais nada. Ex-dirigente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha comentou, em Live no canal Arnaldo e Tironi no Youtube, que o mal que assola o clube nos últimos tempos passa por aí.

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“A questão do São Paulo foi a soberba. O apelido de “Soberano” foi a pior coisa que o clube ganhou”, disparou Marco Aurélio Cunha.

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Instantes depois, Marco Aurélio Cunha detalhou seu pensamento. “É muito bom quando você ganha a última potência de algo. Você fica muito envaidecido. Depois que você sai do topo, como você fica com a eventual queda? Temos que saber lidar com a vitória. Ela nos deixa muito embevecidos, muito atormentados pelo sucesso. Isso é muito perigoso. O São Paulo tinha a melhor estrutura do futebol brasileiro, que serviu de exemplo para inúmeros clubes, mas o clube se contentou com aquilo. E achou que tudo que fariam daria certo”, arredondou.

Ele se apresentou como exemplo para explicar o que pensa. “Em 2010, quando eu saí do clube, eu fiz esse alerta. Minha fala na minha na autodemissão, eu falei que não estava conseguindo mais fazer o que eu imaginava. Estava difícil falar de coisas novas, de mudanças. Ninguém ouvia mais. O São Paulo perdeu o rumo pela vaidade”, comentou.

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Clube-empresa

Marco Aurélio Cunha vê com ressalvas a criação de uma série de clubes-empresa no Brasil. “Eu costumo falar que tem três palavras que parece que solucionam tudo. Clube-empresa é uma delas. Como se o Mappin, a Mesbla ou o Banco Santos não tivessem quebrado. Todas eram empresas. Compliance e laser são as outras. É impressionante a mágica que certas palavras possuem para mudar tudo”, ironizou o profissional.

Pouco depois, ele pediu uma legislação adequada para que tal artifício seja utilizado. “A figura do investidor sério tem que chegar no futebol. Mas ele deve ter garantia jurídica para aportar dinheiro, bem como dar segurança ao clube caso ele saia”, finalizou Marco Aurélio Cunha.

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