Home Futebol Batalha de Santiago: conheça a história da partida mais violenta da história da Copa do Mundo

Batalha de Santiago: conheça a história da partida mais violenta da história da Copa do Mundo

Chile x Itália se enfrentaram em jogo marcado pela violência

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Em uma época que o futebol não contava com cartões, Chile e Itália entraram em campo na última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de 1962, em Santiago, para definir o time que avançaria às quartas de final.

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Foi assim que começou a partida conhecida como Batalha de Santiago, a maior guerra campal em um gramado de futebol da história da Copa do Mundo.

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O jogo, porém, contou com um background, uma história por trás que transcendeu os gramados.

O Chile passou por um terremoto em 1960 e quatro estádios que ficavam no sul do país foram descartados da Copa.

Jornalistas italianos que cobririam o Mundial de 1962 se deslocaram até o país para observarem as consequências do terremoto e foram duros em suas palavras. Segundo eles, o Chile era “um país de miseráveis” e que vivia em pobreza extrema.

Os chilenos não gostaram nada do que foi publicado e uma reação nacionalista contra os italianos se levantou de imediato.

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Sorteio da Copa
O sorteio da FIFA colocou frente à frente ambas as seleções no Grupo A, justamente na partida que determinaria o classificado às quartas de final do Mundial.

A imprensa chilena então passou a pedir que os jogadores se vingassem do que foi dito pela imprensa italiana e mostrassem em campo o que é o país.

A Batalha de Santiago
Com todos os jogadores à flor da pele, a briga começou logo no primeiro tempo e nos minutos iniciais.

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Humberto Maschio e Lionel Sánchez se estranharam logo após a primeira falta e uma confusão generalizada começou. Fotógrafos chilenos invadiram o gramado e o árbitro se preocupou mais em afastá-los do que em acompanhar a confusão.

Após oito minutos de paralisação, Giorgio Ferrini, da Itália, foi expulso – não tinha cartão vermelho, os atletas eram apenas retirados de campo -, mas se recusou a sair, o que aumentou ainda mais a briga no gramado.

Ainda no primeiro tempo, Mario David recebe um soco no rosto e revida com um chute em Leonel Sánchez. O árbitro expula apenas o italiano, que se revolta e inicia nova confusão.

Com dois jogadores a mais, o Chile faz 2 a 0, vence, se classifica e os atletas da Itália se revoltam por apenas suas agressões terem sido punidas.

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O árbitro Ken Ashton é até hoje acusado por italianos de ter prejudicado a seleção. Em entrevista à imprensa inglesa, anos depois, o árbitro se defendeu.

“Pensei em terminar o jogo antes do tempo, mas não conseguiria garantir condições de segurança para os jogadores italianos nesse caso. Por isso, fui até ao fim, só não dei tempo de desconto”, disse.

“Eu esperava um jogo difícil, mas não um encontro impossível.”

Vários livros que tratam da história da Copa do Mundo definem a partida entre Chile x Itália como “insuportável” ou “horripilante”.

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Assista aos lances da partida:

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