Ceará critica gestão atual do Inter, cita demissão do amigo Índio e relembra até pergunta a Zago: “Sou tão ruim assim?”
Lateral Ceará, ex-Inter, concedeu uma forte entrevista ao canal Vozes do Gigante nesta terça-feira
Presente em dois momentos bem distintos da história do Inter, tendo sido destaque do título do Mundial de 2006 e dez anos depois rebaixado à Série B, o lateral-direito Ceará, 40 anos, hoje no União Luziense, da terceira divisão mineira, repassou a sua trajetória no clube em entrevista ao canal Vozes do Gigante.
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E ele admitiu uma certa mágoa com a gestão atual do Inter, já que ficou no clube em 2017 mesmo tendo participado da campanha da queda no ano anterior.
“Senti um clima de indefinição no clube. Não sabia se ficava, mas acabei seguindo. Eu sentia o clima difícil nos bastidores. Naquele jogo contra o Paraná, eu fiquei sabendo que jogaria durante o lanche da tarde. O primeiro tempo foi ruim, achei que melhoraria no segundo, mas fui substituído. Depois do jogo falei algumas verdades para a imprensa, mas nem sempre as verdades são boas. No dia seguinte eu estava indo para o treino e o meu empresário ligou dizendo que iriam rescindir comigo”, lamentou o atleta.
As críticas de Ceará vão até à recente demissão do amigo e ex-colega Índio, desligado do Relacionamento Social do clube:
“Vocês viram a forma que o Índio foi demitido do clube? Sem ligação do presidente, de diretor, de nada. Chega alguém do RH, liga e manda passar lá pra rescindir. Um cara sensacional como ele. Então… é isso que deixa os atletas chateados. O Inter é muito grande. Existem pessoas que estão no comando do clube que não são dignas de estar ali. Dias antes de minha rescisão eu falei algumas verdades. E as verdades nem sempre são bem aceitas. Mas o clube é maior que qualquer pessoa ou dirigente”, disparou.
Ceará fez pergunta sincera a Zago
O lateral iniciou a temporada de 2017 como titular e perdeu espaço após uma lesão sofrida no calcanhar. Quando se recuperou, não foi mais utilizado pelo então técnico Antônio Carlos Zago.
“Aqueles que caíram para a Série B não prestavam mais para quem chegou. Teve um jogo contra o Paysandu fora de casa. Eu nem viajei. William estava lesionado, Junio não podia jogar. Colocaram o Danilo Silva na lateral. Eu perguntei para o Zago na sala dele: “Será que sou tão ruim assim, que nem banco fico?’”. E ele disse que era apenas opção. Mas eu já vinha treinando há um mês. Não era nem opção? Ali eu via que existia algo nos bastidores para que eu saísse”, lamentou.
Após rescindir com o Inter no meio de 2017, Ceará acertou com o América-MG, que foi o campeão da Série B na ocasião.
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