O bicampeonato da Libertadores conquistado pelo Flamengo em 2019, quando a equipe derrotou o River Plate de virada em uma final de jogo único, com certeza já é um dos principais momentos da história do clube rubro-negro, que havia vencido a competição pela primeira vez em 1981. Mas a história da decisão poderia ter sido diferente se não fosse pelo ex-nutricionista do time comandado por Jorge Jesus, Thiago Monteiro, que estava junto à delegação em Lima, no Peru.
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Em um relato feito ao canal Pilhado, no YouTube, Thiago Monteiro contou detalhes dos bastidores da logística adotada pelo Flamengo durante a preparação para a final da Libertadores, o que envolvia diretamente a parte de alimentação dos atletas. “Quando chegamos no hotel, só tinha suco natural. Mas quando é viagem internacional, a gente só usa suco de caixinha. Apesar ser menos saudável, a gente corre risco de contaminação da água. O gerente do hotel chegou a mostrar vários certificados de qualidade da água, tudo que precisava, mas eu falei que queria o suco de caixinha disponível já no café da manhã”, relembrou.
“A comissão técnica eu liberei para tomar o suco. Os jogadores chegaram a reclamar, mas eu expliquei que seria melhor a gente não utilizar a água do hotel”, contou o nutricionista, antes de relatar os primeiros problemas. “No segundo dia, a comissão já vinha dizendo que comeu algo que fez mal, com diarreia. No terceiro dia, uns sete já estavam do mesmo jeito. Perguntei aos enfermeiros e médicos, e todos os jogadores estavam bem. Nisso, me liguei que era a água.”
“No dia do jogo, 90% da comissão estava com problemas, até eu. Eu não faço gol e nem pego pênalti, estava livre para tomar o suco (risos). Olha o cuidado que a gente tem que ter… Imagina se atinge 90% dos jogadores. Eles até jogariam, mas com desidratação, diarreia, como seria a performance deles? Imagina 38 anos sem jogar a final da Libertadores, quando chega, o time todo passa mal… O nutricionista estaria morto”, completou.
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