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Nesta quarta-feira (24), o futebol brasileiro completará 100 dias de paralisação. Ao longo de pouco mais de três meses, muitas discussões e projeções de cenários para a retomada das competições foram discutidas. A pandemia do coronavírus impactou o esporte de forma arrebatadora, implantando uma crise histórica aos clubes. Mas embora alguns se mostrassem contra a volta dos certames por conta do risco de disseminação do vírus, houve quem defendesse o regresso das atividades.
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Confira abaixo as frases marcantes dadas por dirigentes, treinadores, jogadores e imprensa neste hiato sem jogos.
GALVÃO BUENO
“Achei a volta do Campeonato Carioca precipitada e desrespeitosa com os familiares das mais de 50 mil vítimas. (…) Enquanto Flamengo e Bangu estavam jogando no Maracanã, naquele momento, no estacionamento do Maracanã, onde está instalado um hospital de campanha, morreram duas pessoas. Isso explicita a precipitação que existia”, afirmou o experiente narrador em entrevista ao SporTV na última segunda (22).
ANDRÉ RIZEK
“O que a gente tem no cenário europeu é o governo pedindo calma para as federações. Aqui no Brasil é ao contrário. O governo brasileiro está estimulando essa volta, até como um sinal de volta à normalidade. O alerta, porém, que a gente tem no Brasil, é que estamos dois meses atrás na pandemia em relação aos europeus. Então, basta a gente seguir um cronograma. Eu me sinto até mal em falar de volta do futebol, volta à normalidade. Como é que a gente vai voltar a treinar, a ter jogo, mesmo com portões fechados, com os corpos sendo empilhados em frigoríficos?”, disparou André Rizek.
CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO
“É uma loucura. Flamengo e Vasco, com os clubes menores, estão alucinados com o campeonato voltar em junho. Eu não estava entendendo. O Flamengo querendo jogar quinta-feira (contra o Bangu). Descobri que o presidente vem assistir ao jogo sem público. Nem sei como é que pode, mesmo sendo presidente. Isso talvez seja uma satisfação pessoal”, bradou o ex-presidente do Botafogo após a Ferj autorizar a volta do Campeonato Carioca na última semana.
RODOLFO LANDIM
“Posso garantir que é um protocolo bastante seguro. Ao implementar isso, o Flamengo está na verdade protegendo a família desses jogadores. No período de paralisação, nove jogadores nossos foram contaminados. Hoje estão completamente imunizados. Desde que a gente voltou, cerca de 20 dias, nenhum jogador ou membro da comissão foi contaminado, o que só mostra que é a maneira correta. Futebol está sendo um grande exemplo para outros segmentos da sociedade”, disse o mandatário rubro-negro no início de junho.
LUXEMBURGO
“Não quero entrar na parte política. O futebol tem de voltar dentro daquilo que for feito para a sociedade. Liberou para a sociedade, libera o futebol. Não pode ser diferente. Não deixamos de ser cidadãos por sermos profissionais de futebol. Não podemos ser tratados de outra forma. O erro é este”, pontuou o comandante do Palmeiras.
PAULO AUTUORI
Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, o técnico do Botafogo, Paulo Autuori, e posicionou contra a volta do futebol e definiu com uma falta de respeito.
‘Falta de respeito diante de tantas mortes e sofrimentos. Ausência de preocupação e de respeito aos profissionais, especialmente daqueles mais sacrificados, que não são jogadores nem membros da comissão técnica. Nós, profissionais, merecemos respeito. Querem futebol de volta? E daí? Lamento’.
HERNANE BROCADOR
“A gente sabe que o futebol vai ser igualado. Vai ser bom para algumas equipes, ruim para outras. Mas a gente sabe que entrosamento, taticamente, o futebol vai estar nivelado, porque foram três meses sem jogar futebol, então isso vai atrapalhar muito as equipes. Mas creio que essa volta aí, esses 30 dias, já são um período que os times vão ter com treinos para entrosar os jogadores. O início vai ser difícil, mas jogador de futebol não esquece de jogar bola, com a volta dos treinos, tudo vai voltar ao normal”, afirmou o atleta do Sport.
