Lisca revela choro de Valdívia, cita os dois que mais lutaram e explica “sim” ao Inter: “Se não fosse, seria um c…”
Técnico do América-MG, Lisca passou a limpo o 2016 do Inter em entrevista ao canal Vozes do Gigante
Como última cartada para tentar o milagre de permanecer na Série A, o Inter apostou em Lisca nas três rodadas finais do Brasileirão de 2016. Mesmo com pouco tempo de trabalho, que não foi suficiente para salvar o clube, o atual técnico do América-MG conseguiu entender bem o que acontecia no Beira-Rio naquele momento – e passou a limpo alguns fatos em entrevista ao canal Vozes do Gigante.
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Um dos assuntos foi Valdívia. Lisca revelou que até os outros jogadores “comemoraram” quando ele deu uma bronca no meia. O entendimento era de que o atleta era “protegido” pelos outros técnicos e que sempre era absolvido. Depois do puxão de orelha, o técnico conheceu o lado mais humano do seu comandado:
“Contra o Corinthians, Valdívia bateu direto uma falta que até o Danilo foi pra dentro da área. Eu queria matar ele. Eu cobrei ele no vestiário e todos os jogadores comemoraram. Eles achavam que ninguém cobrava ele. Chamei o Valdívia pra uma reunião. Entrei na sala e ele tava com os dois pés em cima da minha mesa. Falei que era falta de respeito. No final, acabou se abrindo e terminou a reunião chorando. Criei um vínculo legal com ele”, disse.
Respeito a Seijas e Alex
Nem Seijas nem Alex permaneceram no Inter em 2017. Experientes, ambos saíram com a imagem arranhada pela queda. Mas, segundo Lisca, foram os dois que mais tentaram e acreditaram até o fim:
“Seijas era um cara que brigava pelo Inter. Ia na sala da direção pedindo para não jogar a toalha. Alex também. O único que me disse que não tinha condições de jogar e pediu para ficar fora foi o Ceará”, contou Lisca, antes de lamentar a saída de Alex do clube:
“Foi uma sacanagem o que fizeram com o Alex. Ele é um coloradaço. Ele brigou demais pelo clube. Foi o que mais tentou, mesmo com todas dificuldades e foi embora de uma maneira que não condiz com o seu tamanho”.
Lisca explica o porquê do “sim”
Seria mais do que compreensível o “não”, mas Lisca disse “sim” ao convite do Inter mesmo com o barco prestes a afundar. Ele admite que queria ter ido antes, com mais tempo, mas não recusaria um chamado do clube do coração:
“Me perguntam porque eu topei aceitar em 2016. Eu sou colorado. Eu tenho uma família com história no clube. Eu jamais viraria as costas para o clube no momento mais difícil da história. Mas não me arrependo. Se eu não fosse, seria um c… Eu me orgulho de não ter fugido. Eu tentei, fiz de tudo e não consegui”.
Lisca dirigiu o Inter na derrota de 1×0 para o Corinthians, na vitória de 1×0 sobre o Cruzeiro e no empate em 1×1 com o Fluminense.
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