A sexta-feira (12) será muitas lembranças e comemoração para a torcida do Palmeiras. Se completarão 27 anos daquela que deve ser a conquista mais lembrada da história do clube, a do Campeonato Paulista de 1993.
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Foi também num dia 12 de junho, Dia dos Namorados, um sábado, que o Verdão venceu por 4 a 0 o Corinthians e conquistou um título que não conquistava havia 16 anos. Quebrando um período de muitos dissabores e mostrando a força do supertime da primeira ‘Era Parmalat’.
Esquadrão de ouro
Para ser campeão em 1993, o dinheiro da Parmalat reforçou um time que já havia terminado o ano anterior (vice-campeão paulista) com sinais de promessa. Evair, César Sampaio, Mazinho e Zinho eram remanescentes deste elenco e viram a chegada de Edmundo, Edílson, Antônio Carlos, Roberto Carlos e cia.
Durante aquele Paulistão, o Verdão se mostrou o grande favorito ao título desde o começo. As atuações daquele esquadrão despertaram a atenção de todos e deram a cada jogo a noção do objetivo: ser campeão paulista a qualquer custo. A estreia foi uma vitória de virada sobre o Marília por 2 a 1, no antigo Palestra Itália.
Os primeiros 11 jogos terminaram sem derrota para o Verdão até o primeiro tropeço (1 a 0 para o Bragantino). O grande destaque desta sequência foi a goleada sobre a Portuguesa por 4 a 0, mais conhecida pelo primeiro de muitos entreveros de Edmundo como atleta do Verdão. Este com Evair.
Luxa chega
O Alviverde seguiu a caminhada sem maiores problemas, mas uma sequência de três derrotas (para o Vitória na Copa do Brasil e para Mogi Mirim e São Paulo no Paulista) forçaram uma mudança no comando. Otacílio Gonçalves, que técnico que comandava o time desde o Paulistão de 1992, foi demitido para a chegada de Vanderlei Luxemburgo.
A estreia de Luxa veio numa vitória em cima do Rio Branco por 2 a 1. O treinador venceria suas três primeiras partidas no clube até uma derrota para o Corinthians por 3 a 0. No entanto, a boa campanha colocou o time na fase semifinal.
Nas semifinais, 100% de aproveitamento e até goleada por 6 a 1 sobre o Rio Branco na primeira rodada. Seria difícil tirar o Palmeiras do caminho do título. E nem mesmo o maior rival e seu artilheiro da época seria capaz disto.
A final
A decisão só poderia ser contra o maior rival, o Corinthians. No dia 6, a primeira partida trouxe preocupação para os palmeirenses, derrota por 1 a 0 e gol de Viola. O então ídolo corintiano, rei das comemorações coreografadas da década de 90, resolveu imitar o mascote então ‘oficioso’ do Verdão, o porco. Uma decisão que, na semana seguinte, custaria caro.
E caríssimo. O supertime do Palmeiras decidiu mostrar que aquele time nasceu para ser campeão. As 104.401 pessoas que foram ao Morumbi na tarde de 12 de junho de 1993 viram a história sendo feita, começando pelo gol de Zinho ainda no primeiro tempo, dando esperança ao torcedor do Verdão.
Na segunda etapa, Evair e Edílson aumentaram a vantagem palmeirense e colocaram o time muito mais perto do título. O resultado levou o jogo para a prorrogação, e mesmo com o regulamento dando a vantagem do empate, Evair, de pênalti, sacramentou a conquista do tão sonhado título paulista.
O jogo não foi apenas emocionante, mas tenso. Foram quatro expulsões (Tonhão para o Alviverde e Henrique, Ronaldo e Ezequiel para o Corinthians). Isto sem falar da até hoje bastante reclamada não expulsão de Edmundo em jogada dura em cima de Paulo Sérgio.
Há 27 anos, a torcida palmeirense voltou a sorrir após uma década inteira de amargura e sofrimento. E iniciaria ali uma década de muitas vitórias e que culminaria naquele é o grande troféu da era, a Libertadores-99
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