Pela primeira vez de forma mais aberta, o presidente Romildo Bolzan Jr fez críticas ao empresário Pablo Bueno, agente de Ferreira e responsável por conduzir as negociações com o clube. O jogador de 22 anos está na Justiça pedindo a rescisão contratual – ele foi afastado do elenco principal após recusar a proposta de renovação do Grêmio.
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Bolzan, em live com o jornalista Alex Bagé, no YouTube, citou o fato de Bueno também ser o empresário do atacante Tetê, hoje no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, vendido no início do ano passado sem ter atuado no profissional.
“O Grêmio faz uma avaliação muito positiva desse jogador. Acho que temos uma situação que podemos conciliar. Mas há uma situação que converge com os jogadores que são representados (pelo empresário Pablo Bueno). Praticamente tudo igual. Muito enfrentamento, muito debate público, situações de falta de sintonia. Eu diria até imaturidade. Sempre há um conflito. Isso é muito ruim. Ruim para o clube, mas principalmente para o jogador”, explicou, antes de acrescentar:
“Essa questão me constrange, mas não constrange o clube. O clube tem muito mais dignidade para enfrentar isso porque acima de qualquer carreira, qualquer situação que tenhamos que convergir, o Grêmio está acima de mim, do seu presidente, do seu conselho de administração, do seu conselho deliberativo e também dos seus jogadores. A instituição permanecerá. Nós somos episódicos”, concluiu.
Bueno, em recente entrevista, cravou que o futuro de Ferreira é longe do Brasil. O jogador tem contrato somente até o meio de 2021.

Compra da Arena está mais distante, segundo presidente do Grêmio
Sempre sincero e transparente em suas manifestações, Bolzan reconheceu que a compra da gestão da Arena ainda é uma novela distante de acabar. Ele admitiu que já esteve mais otimista em outras etapas do processo, que sempre tem uma ponta solta a ser amarrada.
“Cogito (não comprar a Arena). Cada situação que nos parece concretizada surge um empecilho. Algo que parece intransponível. Eu to cansando. Nós, o conselho de administração, estamos cansando. Nós que discutimos todas as questões do Grêmio estamos decepcionados com a forma como as coisas estão se encaminhando”, explicou.
Segundo o site Gremistas.Net, o clube “já havia emitido alguns comunicados por meio dos seus dirigentes de que a burocracia estava atrasando por conta da crise gerada pela pandemia. Houve, inclusive, avanos importantes com a empreiteira OAS, algo que era considerado complicado para a transação”. No acordo, o clube cederia o terreno do estádio Olímpico Monumental, além do pagamento de R$ 56 milhões, que serão obtidos por meio de empréstimos bancários.
“Parece que não há boa vontade e solução, embora, para se fazer justiça, a Prefeitura de Porto Alegre, a própria OAS, os bancos trabalharam. Mas parece que algumas situações não são capazes de serem ultrapassadas nesse momento”, acrescentou Bolzan.
O mandato do atual presidente se encerra em 2022. Por força de contrato, a gestão da Arena passa a ser do clube em 2033, quando encerra o contrato de exploração comercial da atual administradora.
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