Home Futebol Seijas diz que Inter se salvaria com mais tempo a Lisca, detona Celso Roth e revela choro na saída: “Sou colorado”

Seijas diz que Inter se salvaria com mais tempo a Lisca, detona Celso Roth e revela choro na saída: “Sou colorado”

Meio-campista Luis Seijas, hoje no Santa Fe, abriu o jogo sobre a sua passagem pelo Inter em 2016

Eduardo Caspary
Eduardo Caspary é jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014, com Especialização Digital feita entre 2016 e 2018 na mesma universidade. Apaixonado por esportes, em especial futebol e tênis. Mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Quatro anos depois, Luis Manuel Seijas resolveu falar. Ou melhor, desabafar sobre a fatídica temporada de 2016 do Inter, que representou o inédito rebaixamento da história do clube. Personagem daquela campanha, como um dos jogadores que não se omitiu e sempre deu a cara a tapa, o venezuelano avaliou os trabalhos de Lisca, Celso Roth e ainda admitiu frustração por ter ido em embora em 2017 – tudo isso em entrevista ao canal Vozes do Gigante, no YouTube.

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Com Lisca, o trabalho foi apenas nas três rodadas finais do Brasileirão de 2016 – contra Corinthians, Cruzeiro e Fluminense, fez quatro pontos em 9, matemática insuficiente para a salvação. Mas, para Seijas, o Inter se salvaria caso o atual treinador do América-MG tivesse chegado antes:

“Eu acho que sim (salvaria caso chegasse antes). Com a forma de trabalho ele conseguia fazer a gestão do grupo. Eu passei duas semanas com ele, mas eu adoro ele. Tenho uma lembrança bem boa dele. Pra trabalhar, é um cara inteligente. Que fala as coisas na frente. E coloca a alegria quando o grupo precisa. É o Lisca Doido, cara. De dar risada quando as coisas estão ruins. Sei que vou morrer com essa queda na carreira, mas tem coisas piores na vida. E Lisca entrou naquele momento também para fazermos entender que assim como a gente pode cair, a gente pode levantar”, comentou.

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Irritação com Celso Roth

Já o antecessor de Lisca no cargo não conta com o mesmo apreço do meia do Santa Fe, da Colômbia. Com Celso Roth, o jogador admite ter se incomodado especialmente com posturas públicas em entrevistas do treinador durante o conturbado ano. Uma das entrevistas polêmicas foi após a classificação com derrota nas oitavas da Copa do Brasil diante do Fortaleza, fora de casa.

“Existiu uma situação contra o Fortaleza, quando perdemos pela Copa do Brasil lá no Castelão, mas nos classificamos. Eu não vinha jogando e entrei naquele jogo. O time todo foi muito mal. Na coletiva o Celso disse algo como: “Bom, vocês podem tirar a conclusão do Seijas pelo que viram hoje”. Claro que não é algo bom de se ouvir. É complicado. Ele tem que me proteger. Pode falar isso na minha cara, mas não ali. Eu não quis conversar ou resolver aquilo na hora. Não pensava em mim individualmente. Mas no Inter. Com todos os treinadores da carreira eu tento aprender coisas boas e ruins. Não tenho ressentimentos, nada contra o Celso Roth. Com ele aprendi coisas boas, mas também coisas ruins que não vou fazer se virar treinador”, disse, antes de acrescentar sobre Roth:

“Ele chegou falando forte e o time precisava disso. De um cara que desse a exigência nos treinamentos. Os treinos eram fortes e isso era bom. Mas os resultados não acompanhavam. Mas não tenho nada contra Celso. Foi ruim o que aconteceu. Aquela coisa de publicamente dizer “se apaixonem pelo Seijas, nós também somos“. Não precisava fazer”.

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Além de Roth e Lisca, o Inter ainda teve na campanha Argel Fucks, que iniciou, e Paulo Roberto Falcão, por somente cinco jogos.

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Inter

Celso Roth não salvou o Inter em 2016 – Foto: Divulgação

Seijas admite choro e frustração na saída

Após a queda, Seijas permaneceu como opção no elenco para o início de 2017, mas foi deixado de lado pelo novo técnico Antônio Carlos Zago. Em acordo com a diretoria, o treinador “rebaixou” o meia para o time B, fazendo com que o venezuelano fosse treinar no CT em Alvorada com outros jovens.

O atleta garante ter feito o possível para mostrar serviço e convencer a todos que poderia voltar ao time de cima, mas um episódio ocorrido após um amistoso contra o São Gabriel, onde fez dois gols, deixou claro que ele não jogaria mais pelo Inter.

“Foi duro treinar em Alvorada. Primeiro que eu não queria deixar o Inter. Disseram que eu não queria jogar a Série B. Mentira, eu queria ficar. Só que o Zago não era um cara que iria me aproveitar. O Jorge Macedo, diretor, me falou na época que eu não jogaria muito. E recebi a proposta do Rui Costa (diretor de futebol da Chapecoense na ocasião). Também havia a possibilidade de ajudar a Chape depois do acidente. E fui. Chorei com minha mulher quando ficou decidida a minha saída. Mas o treinador não confiava em mim e tive que sair. Em Alvorada, me matei. Treinava duro, chegava cedo, último a ir embora. Não sabia se teria a possibilidade de voltar, mas se tivesse eu teria que estar pronto”, colocou, antes de citar o episódio do amistoso no interior:

“Iria ter um amistoso do time B no interior gaúcho. Viajamos de ônibus, ficamos em um hotel que era uma vergonha. Fiz dois gols no jogo. Um deles um golaço, que viralizou. Quando voltamos, a direção falou para o Ricardo (Colbachini, treinador daquela equipe) não me escalar mais nos amistosos. Ali eu entendi que não dependia mais de mim para voltar a jogar. Eu fiz tudo que eu poderia. A partir disso eu liguei para o meu empresário para buscar outras coisas”, explicou, embora o carinho pelo Inter continue:

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“Acompanho muito o Inter. Virei um torcedor colorado a mais. Não só pelo time, mas pelos funcionários, pelas pessoas. Fico feliz pelo Inter estar hoje no momento que deve sempre estar”.

Antes desse jogo-treino, ele havia sido emprestado à Chapecoense para o Brasileirão de 2017. No meio de 2018, rescindiu com o Inter e voltou para o Santa Fe, de onde foi contratado pelo clube gaúcho em 2016.

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