Home Mídia Esportiva Você lembra? Galvão Bueno deixou a Globo para tentar erguer emissora na década de 90, mas voltou após 10 meses

Você lembra? Galvão Bueno deixou a Globo para tentar erguer emissora na década de 90, mas voltou após 10 meses

Narrador virou sócio da OM, mas viu negócio dar errado e voltou atrás

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Galvão Bueno já era um dos nomes fortes da Rede Globo em 1992, quando deu um passo curioso na carreira e deixou a emissora carioca para assinar com a Rede OM (Organizações Martinez) para virar sócio na área de Esportes do novo canal.

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O narrador entrou no negócio para trabalhar na produção e dividiria a operação do nicho na emissora, além de tratar dos direitos de transmissão.

Galvão se tornou uma espécie de diretor de Esportes da Rede OM e simulou o que Luciano do Valle fez com a Bandeirantes nos anos 80 e 90, mas tudo foi por água abaixo.

O profissional chegou a conseguir negociar a exclusividade da Copa Libertadores de 1992 e bateu recordes de audiência com a transmissão da final entre São Paulo x Newell’s Ols Boys, quando narrou e teve Roberto Avallone como seu comentarista principal.

A OM bateu 34 pontos de audiência e ficou à frente da Globo, que tentou comprar os direitos para dividir a transmissão, mas Galvão não aceitou.

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“Eu não poderia trair meu time, os colegas que tinham topado aquele desafio comigo”, disse o narrador em sua biografia, “Fala, Galvão!”.

A OM era apenas uma retransmissora da Record até 1991, quando o dono, o político José Carlos Martinez, em 1992, decidiu dar um passo além e fechou acordo para ficar com o horário das 18h às 0h da TV Gazeta.

Foi aí que Galvão entrou na jogada como diretor de Esportes. O narrador conseguiu ainda os direitos da Copa do Brasil de 1992 e narrou o título do Internacional. O profissional foi ainda a voz do Campeonato Paranaense e narrou o título histórico do Londrina, já que a OM era uma emissora de Curitiba.

O problema é que o investimento foi tão alto na emissora que o dinheiro não voltou tão rapidamente quanto Martinez desejava. Mesmo com bons números no esporte, o dono cortou 60% da equipe de pessoal.

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“Não me pagavam o que me deviam, os cheques sem fundo se acumulavam, não tinha mais nenhuma possibilidade de continuar lá”, disse Galvão em 1993, em entrevista ao Jornal do Brasil.

O narrador, que era contestado na Globo e que tinha problemas internos na emissora após reclamar publicamente por ter sido preterido por Osmar Santos na Copa do Mundo de 1986, voltou ao canal carioca e como nome principal do esporte.

A Globo assumiu que Galvão era um chamariz de audiência após erguer a OM durante os dez meses que seguiu no canal.

A emissora de Martinez foi extinta em maio de 1993 e seu sinal foi repassado à atual CNT (Central Nacional de Televisão).

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