Medeiros critica Marchezan e chama veto de “incoerente e desrespeitoso”; Porto Alegre pode entrar em lockdown
Em entrevista à Rádio Gre-Nal, o presidente colorado Marcelo Medeiros fez críticas à postura do prefeito Nelson Marchezan
Foto: Divulgação
O Inter até já preparava algumas decorações com imagens, faixas e sons para receber o Gre-Nal sem público, no Beira-Rio, na quarta-feira. Mas o veto da Prefeitura de Porto Alegre não apenas mudou os planos como gerou irritação do presidente colorado Marcelo Medeiros.
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Em forte entrevista à Rádio Gre-Nal nesta sexta-feira, ele disparou contra o prefeito da capital, Nelson Marchezan, e fez duras críticas à decisão de tirar os jogos de Porto Alegre – o Gre-Nal, na quarta, será no Centenário, em Caxias do Sul.
“Essa decisão foi uma ingrata surpresa. Uma decisão arbitrária, incoerente, desrespeitosa e inconsequente. Tudo foi pensado para garantir a saúde dos atletas, comissão técnica e funcionários que estavam trabalhando presencialmente. Nós criamos uma série de situações para garantir a segurança dos nossos profissionais”, disparou.
Marchezan teme um colapso no sistema de saúde de Porto Alegre, que já conta com 262 leitos em unidades de terapia intensiva (UTI) ocupados por pacientes de Covid-19. As três rodadas finais do returno do Gauchão não terão partidas nem na Arena nem no Passo D’Areia.
Durante a tarde, o prefeito admitiu que existe a chance de ser declarado “lockdown” na cidade já na semana que vem, o que representa um bloqueio completo de todas as atividades.

Veto ao Beira-Rio gerou revolta de Marcelo Medeiros – Foto: Divulgação
Presidente do Inter lembra investimento do clube em saúde
Medeiros, em outra parte da entrevista, lembrou que o clube investiu cerca de R$ 200 mil reais em testes e equipamentos de segurança para conter qualquer tipo de risco do coronavírus. E que, mesmo assim, não estava sendo reconhecido pela Prefeitura.
“É uma decisão desrespeitosa e desestimulante, pois um clube que investe 200 mil reais na segurança dos seus atletas e da sua casa, não vai poder jogar na sua casa. Infelizmente, a campanha não é ‘Fique em casa’, mas ‘Saia de Porto Alegre’. Uma partida, entre Grêmio e Inter, com o conforto que tem no Beira-Rio, não acontecer aqui”, disse, antes de concluir:
“Não sei se ele (Marchezan) está bem assessorado. Nós somos parceiros da prefeitura e da sociedade. É muito fácil usar o futebol pra justificar algumas ações. O Inter não disponibilizou o Gigantinho pra cidade? Não fez campanha arrecadação? Não colocou os seus funcionários em home office? O Inter tem mais de 110 anos. Vamos nos respeitar”, concluiu.

Presidente do Inter não escondeu irritação – Foto: Divulgação
Confira a nota da Prefeitura liderada por Nelson Marchezan:
“Diante do quadro de aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI da Capital, a Prefeitura de Porto Alegre, anunciou nesta sexta-feira, 17, que a realização de jogos de futebol segue restrita temporariamente. A medida leva em conta o aumento da taxa de contaminação por Coronavirus e seguirá tendo acompanhamento das equipes técnicas da Secretaria de Saúde. Apesar do acompanhamento técnico e de protocolos criados pela Federação Gaúcha de Futebol, o momento da pandemia na cidade não permite a realização de eventos desse porte.
A Prefeitura informa que seguirá avaliando a situação e manterá contato direto com a Federação Gaúcha de Futebol e os clubes com sede na capital para que todas as medidas a serem adotas sejam pensadas com base na segurança de toda a população de Porto Alegre”.
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