Home Futebol Liverpool mostra sua força contra o Arsenal e eleva ainda mais o sarrafo na Premier League

Liverpool mostra sua força contra o Arsenal e eleva ainda mais o sarrafo na Premier League

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira destaca a terceira vitória seguida dos Reds no Campeonato Inglês

Luiz Ferreira
Produtor executivo da equipe de esportes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, jornalista e radialista formado pela ECO/UFRJ, operador de áudio, sonoplasta e grande amante de esportes, Rock and Roll e um belo papo de boteco.

Se você pensava que o Liverpool fosse iniciar a Premier League calçando um salto quinze por conta da campanha histórica do ano passado, meu amigo, você se enganou redondamente. Os comandados de Jürgen Klopp seguem como a equipe a ser batida na Inglaterra. E a vitória por 3 a 1 sobre o Arsenal de Mikel Arteta (a terceira em três rodadas disputadas no “Inglesão”) é uma boa amostra do poder de fogo e do absurdo volume de jogo apresentado pelos Reds. E isso num momento em que os principais adversários do Liverpool na disputa pelo título nacional (Chelsea, Manchester United, Tottenham e Manchester City) não apresentaram a mesma consistência e o mesmo nível técnico do atual campeão inglês. O escrete de Jürgen Klopp, Salah, Firmino e Mané elevou ainda mais o sarrafo na Premier League, minha gente. Ainda é muito difícil jogar contra o Liverpool.

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Jürgen Klopp escalou sua equipe no seu usual 4-3-3 com forte pressão na saída de bola do Arsenal e muita movimentação entre as linhas do seu adversário. Alexander-Arnold e Robertson eram presença constante no ataque chegando até a pisar na área do Arsenal em vários momentos da partida. O volume de jogo do Liverpool era insano e mostrava que os Reds já jogam “de memória” há muito tempo. Firmino abre espaços no ataque, Mané e Salah se projetam em diagonal e Fabinho, Keita e Wijnaldum também participavam das jogadas ofensivas. Só foi ameaçado quando diminuiu o ritmo e levou um gol meio “aleatório” de Lacazette num lance de pura infelicidade de Robertson (após escapada de Aubameuyang pela esquerda). Mas o panorama da partida seguia o mesmo: o Liverpool simplesmente não deixava seu adversário pensar no que fazer com a bola e tomava conta da partida.

Bastaram dez minutos para que os Reds construíssem a virada. Primeiro, Firmino atraiu a defesa do Arsenal acionou Salah no espaço vazio. O egípcio chutou, Leno deu rebote e Mané mandou para as redes. Logo depois, Alexander-Arnold recebeu passe na direita e fez um belíssimo cruzamento para Robertson se redimir da lambança feita no lance do gol do Arsenal e concretizar a virada. Qualquer outra equipe do mundo diminuiria o ritmo depois de marcar dois gols dez minutos depois de ser vazada pelo seu adversário. Qualquer equipe, menos o Liverpool. E aí vemos mais alguns dos conceitos de Klopp. Os Reds não baixaram a guarda, mantiveram o ritmo alucinante e seguiram pressionando o Arsenal. Tudo para aproveitar o fato de que o adversário havia “sentido o golpe”. Aliás, é interessante ver como o futebol se aproxima do boxe em determinados momentos.

O Arsenal começou o segundo tempo tentando sair mais para o jogo. Só que a equipe de Mikel Arteta enfrentava um verdadeiro dilema: se fechar na defesa e esperar o momento certo para encaixar o contra-ataque ou tentar adiantar as linhas e pressionar a saída de bola mesmo sabendo que o Liverpool é estupidamente veloz nas suas transições. Como a própria partida mostrou, essa não era uma escolha fácil de ser feita. Ainda mais quando Lacazette aproveitou as duas únicas chances do Arsenal na segunda etapa e parou em Alisson. Do outro lado, Jürgen Klopp sacava Keita e Mané para as entradas de Milner e Diogo Jota respectivamente. E o português entrou bem na partida. Além de participar bem das jogadas de ataque, marcou o terceiro gol do Liverpool ao aproveitar bola mal rebatida por David Luiz para a entrada da área. Resultado mais do que justo no Anfield Road.

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Os números do SofaScore evidenciam bem essa superioridade do Liverpool. Foram 66% de posse de bola (contra apenas 34% do Arsenal) além de incríveis 21 finalizações a gol sendo oito no alvo (contra apenas quatro dos Gunners). Intensidade nas transições, concentração alta nos movimentos, trocas rápidas de posição no setor ofensivo e volume de jogo impressionante até mesmo para os níveis da Premier League. Mesmo sabendo que o atual cenário deve ser levado em consideração por conta da pandemia de COVID-19, é preciso notar que os Reds mantiveram a sua estratégia vitoriosa de 2019/20. O trio Firmino, Salah e Mané segue impecável na constrição das jogadas ofensivas, Fabinho se encaixou como uma luva no time de Klopp os laterais Alexander-Arnold e Robertson ainda são grandes armas ofensivas e a defesa permanece segura através da consistência de Van Dijk e Alisson.

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E nesse cenário todo ainda há Thiago Alcântara, o jogador que pode dar ainda mais qualidade a um meio-campo já extremamente qualificado e bem organizado. Seja cadenciando ou acelerando as jogadas. É por essas e outras que não é exagero nenhum afirmar que o Liverpool elevou ainda mais o sarrafo na Premier League. Não existe equipe invencível. Mas vai ser muito difícil superar os caras.

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