Home Extracampo Advogado de vítima de estupro diz que Itália pode pedir a prisão de Robinho no Brasil

Advogado de vítima de estupro diz que Itália pode pedir a prisão de Robinho no Brasil

“Itália pode pedir que a pena seja cumprida no Brasil”, diz advogado da mulher, em caso de uma segunda condenação

Rogério Araujo
Jornalista formado pelo Centro Universitário de Brasília - UNICEUB. Colaborador do Torcedores desde 2017. Dono do canal Séries e Filmes no Instagram.

O advogado da jovem albanesa que sofreu o estupro coletivo no qual o atacante brasileiro Robinho foi condenado a nove anos de prisão na Itália, diz que em caso de uma nova condenação, a Itália, país onde ocorreu o crime e condenou o jogador em primeira instância, poderá pedir ao Brasil que a sentença seja cumprida em solo brasileiro.

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“Sim, mas eu confio na Justiça brasileira. Caso a condenação seja confirmada pela Corte de Cassação [o equivalente ao STJ brasileiro], a Itália pode pedir que a pena seja cumprida no Brasil”, disse Jacopo Gnocchi, em entrevista ao site Uol Esporte, ao ser questionado se ele sabia o Brasil não extradita brasileiros.

O advogado ainda comentou sobre os outros quatro denunciados pelo estupro coletivo da mulher.

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“Este outro processo deverá começar, mas as coisas ficaram meio suspensas por causa do covid-19. Inclusive a audiência de dezembro [de segunda instância] deveria ter acontecido em maio, mas foi cancelada, visto que estávamos em quarentena. O que posso dizer ao certo é que eles já são acusados. O processo foi desmembrado do de Robinho e de Falco, porque [os quatro] não foram encontrados para receber a notificação do caso”, afirmou.

Jacopo ainda respondeu porque sua cliente esperou quase três meses para denunciar o crime.

“Porque, psicologicamente, não conseguiu fazer antes. A denúncia foi feita no dia 31 de maio de 2013, cerca de quase três meses depois do crime. Quando ela se sentiu pronta, fizemos a denúncia. Mas como ela havia bebido, sua memória daquela noite era de ‘flashes’. Toda a história em si é carregada de momentos traumáticos, nos quais ela precisou reviver o drama. Já havia o trauma da violência em si, o impacto psicológico de superar o bloqueio para fazer a denúncia, a leitura das interceptações na audiência preliminar. Ela leu o que aconteceu com ela naquela noite e que, em partes, não lembrava. Aquele momento teve um impacto muito forte. E também quando ela foi interrogada pela defesa de Robinho”, afirmou.

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