Home Futebol Com poucos técnicos estrangeiros na história, Vasco aposta em Ricardo Sá Pinto para ser o ‘José Mourinho’ da Colina

Com poucos técnicos estrangeiros na história, Vasco aposta em Ricardo Sá Pinto para ser o ‘José Mourinho’ da Colina

Ricardo Sá Pinto é o oitavo técnico estrangeiro a comandar o Vasco

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol português, Ricardo Sá Pinto terá carta branca para reformular o elenco do Vasco. O treinador de 48 anos chega ao clube com a missão de fazer o time brigar pela ponta da tabela do Campeonato Brasileiro. Afinal, somente 12 pontos separam a equipe vascaína do Atlético-MG, que lidera a competição.

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O desejo do presidente do Vasco, Alexandre Campello, era contratar um profissional capaz de ser um ‘manager’ em São Januário. Algo semelhante ao que o português José Moutinho faz atualmente no Tottenham, da Inglaterra. Ou seja, um técnico que tenha autonomia gerir o futebol profissional mapeando o mercado e ajudando no desenvolvimento de novos talentos.

Entretanto, o contrato de Ricardo Sá Pinto vai até fevereiro de 2021. O português estava negociando com o Panathianikos. Afinal, o treinador tem o nome bem avaliado no futebol grego devido ao bom trabalho realizado no OFI e Atromitos. Porém, ele não pensou duas vezes antes de acertar com o Vasco.

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A chegada de Ricardo Sá Pinto à São Januário virou notícia internacional. Como jogador, defendeu o Porto, Salgueiros, Sporting, Real Sociedad e Standard Liége. Na seleção portuguesa, ele disputou a Eurocopa de 1996 e 2000. Porém, o ex-atacante não foi convocado por Luís Felipe Scolari para a Copa do Mundo de 2006.

Apesar disso, Ricardo Sá Pinto ainda tem um currículo modesto como treinador. Ele ingressou na nova função no Sporting há nove anos. Posteriormente, trabalhou no Estrela Vermelha (SER), OFI (GRE), Atromitos (GRE), Belenenses (POR), Al Fateh (ARS), Standard Liège (BEL) e Legia Varsóvia (POL). Nesse ínterim, venceu a Copa da Bélgica.

Ricardo Sá Pinto não será o primeiro técnico estrangeiro a comandar o Vasco. Ao todo, foram apenas sete entre 1922 a 2020. Ao longo da história, o clube contou com três uruguaios, dois argentinos, um inglês e um português à beira do campo. Dessa forma, o Torcedores.com fez um levantamento da passagem de todos os gringos por São Januário. Confira!

Ramón Platero | 1922 a 1927 e 1938 a 1938

Foi o primeiro técnico estrangeiro a comandar a seleção brasileira. Além disso, acumula passagens por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Nesse ínterim, conquistou para o Gigante da Colina o Bicampeonato Carioca (1923 e 1924).

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Henry Welfare | 1927 a 1937

Considerado um dos maiores ídolos da história do Fluminense, o britânico pendurou as chuteiras em 1924. Três anos depois, ele foi contratado para comandar o Vasco. Nesse ínterim, o ‘Tanque Inglês’ conduziu o time ao título do Campeonato Carioca de 1929, 1934 e 1936.

Carlos Scarone | 1937

Campeão da Copa América em 1917, 1919 e 1920, o ítalo-uruguaio pendurou as chuteiras em 1927. Cinco anos depois iniciou a carreira como técnico do Nacional, de Montevidéu. Em 1937, foi contratado para substituir Floriano Peixoto no Vasco.

Ondino Vieira | 1942 a 1945

Era conhecido pelas inovações táticas e conceitos técnicos. Ele também é lembrado por ter introduzido a faixa diagonal na camisa do Vasco. Pelo clube de São Januário, o seu título mais importante foi o Campeonato Carioca de 1945.

Ernesto Santos | 1946

Foi o primeiro técnico português da história do Vasco. Foi contratado para substituir o lendário Ondino Vieira depois de ser recrutado através de um anuncio de jornal. Porém, o trabalho do ex-zagueiro do Porto e professor universitário durou apenas seis meses.

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Filpo Núñez | 1960

‘Don Filpo’ foi o primeiro técnico argentino do Vasco. Apesar de não ter conquistado títulos, o argentino naturalizado brasileiro levou o time de São Januário a 3ª colocação do Torneio Rio-São Paulo. Posteriormente, foi símbolo da ‘Academia’ do Palmeiras nos anos 60.

Abel Picabéa | 1960 a 1961

O argentino fez história no São Cristóvão, outro clube de origem portuguesa, ao conquistar o tradicional Torneio Municipal de Futebol do Rio de Janeiro (atual Campeonato Carioca). Após comandar clubes da Espanha e Portugal, Abel assumiu o Vasco onde encerrou a carreira.

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