Khabib Nurmagomedov terá não apenas que lutar para manter o cinturão dos leves do UFC neste sábado (24) diante de Justin Gaethje. Também terá o peso de lutar pela memória do pai e treinador, Abdulmanap, falecido em julho.
Abdulmanap morreu depois de ficar dias internado com problemas relacionados à Covid-19, a qual acabou contraindo. Por causa disso, Khabib teve que se afastar das lutas e retorna para o combate contra Gaethje admitindo que o duelo terá um peso muito grande devido aos acontecimentos.
“É muito duro. Não sei o porquê de vocês ficarem perguntando sobre isso (a morte do pai), mas é muito difícil. Ele não era meu treinador, ele era meu pai. Era o meu pai, é a época mais difícil da minha carreira”, disse Khabib em entrevista ao Combate.
A luta contra Gaethje será a primeira desde a morte do pai, que foi seu córner em sua última luta pelo UFC, também em Abu Dhabi, contra Dustin Poirier. O fato do russo sempre evitar transmitir emoções contrasta com todo o sentimento pela perda da talvez figura mais próxima de sua vida e carreira. Mas Khabib afirma que, mesmo para um lutador conhecido por evitar demonstrar muitas emoções mesmo diante de provocações, a morte do pai ainda o afeta de certa forma emocionalmente.
“É claro que tenho emoções, sempre me sinto nervoso antes das lutas. Mas os campeões e campeãs tem uma diferença, porque conseguem controlar suas emoções. Todos nós temos emoções. Às vezes você fica nervoso, às vezes você tem medo de não levar um soco na cara ou algo assim, mas fica nervoso porque você treinou muito duro e tudo pode acontecer dentro do cage. Por isso você fica nervoso, porque toda sua família está te vendo e o mundo inteiro também. Mas existe a diferença entre os campões e os lutadores comuns, é que os primeiros conseguem controlar as emoções”, afirmou.
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