A empresa audiovisual MediaPro, a mesma que detém os direitos dos jogos da Seleção Brasileira como visitante nas Eliminatórias, emitiu um comunicado no fim da última semana e admitiu que funcionários de sua afiliada, a Imagina Media Audiovisual, pagaram um valor milionário em propinas para que executivos da FIFA cedessem os direitos de TV dos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.
O grupo espanhol segue com o poder de negociar as partidas e chega a cobrar R$ milhões por partida avulsa – foi isso o que a CBF pagou para que a TV Brasil transmitisse Peru x Brasil, em outubro.
Leia parte do comunicado:
“A Imagina reconhece sua responsabilidade, como pessoa jurídica, pelo comportamento criminoso de seus representantes, e que este comportamento criminoso pelo qual a Imagina foi responsável incluiu o pagamento de propinas para a compra dos direitos televisivos para as Eliminatórias nas regiões de América Central e Caribe (Concacaf) para as Copas de 2014, 2018 e 2022, em violação à legislação dos Estados Unidos”
A MediaPro revelou que três funcionários foram os envolvidos no oferecimento da propina aos executivos da FIFA, que teria chegado a 1,5 milhão de dólares (chega a R$ 8 milhões na conversão atual). Todos eles teriam sido dispensados há cinco anos, quando o esquema se tornou público e as investigações na justiça americana tiveram início.
As denúncias derrubaram vários nomes fortes da diretoria da FIFA à época e levou à prisão líderes como o presidente da CBF, José Maria Marin, e o próprio presidente da FIFA no período, Joseph Blatter.
