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Presidentes de clubes paulistas deixarão os cargos com dívidas maiores do que encontraram; veja os números

Corinthians, Santos e São Paulo trocam de presidentes

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.
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Andrés Sanchez, José Carlos Peres e Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, têm coisas em comum. Atualmente eles são presidentes de Corinthians, Santos e São Paulo, respectivamente, e encerram seus mandatos de três anos nas próximas semanas.

O problema é que não apenas isso os unem. Segundo uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo, os três mais que dobraram as dívidas de seus clubes e entregarão um problema gritante ao sucessor da cadeira presidencial.

A situação mais crítica é a do Corinthians, que é quem tem a maior receita entre os três, mas também quem já tinha a maior dívida. Segundo um levantamento da EY Consultoria, o Timão tinha uma dívida de R$ 468 milhões em 2018, quando Andrés assumiu a presidência pela segunda vez. Agora, o gestor deve entregar o clube ao próximo presidente com uma dívida acima de R$ 1 bilhão.

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Em 2019, os números já haviam atingido R$ 784 milhões. Em junho deste ano, segundo o balancete oficial, chegou a mais de R$ 900 milhões. Se persistir, em 2021 ultrapassará o R$ 1 bilhão. Esse valor ainda não reúne a dívida de mais de R$ 500 milhões com a Caixa, que está pausada, mas não encerrada, pelo pagamento da Arena.

No Santos, o problema é menor, mas cresce pela baixa receita dos últimos anos. O presidente José Carlos Peres se escorou pelo superávit de mais de R$ 20 milhões em 2019, mas isso só se deu pela venda de Rodrygo ao Real Madrid.

Desde o ano passado o Santos não tem arcado em dia com os salários e o atual presidente em exercício, Orlando Rollo, revelou em entrevista recente que o caixa do clube está quebrado. Segundo ele, serão necessários R$ 53 milhões para que sejam arcados os salários de 2020, sem ter de onde buscar os valores.

O problema de Peres, em valores, parece menor, mas foi ele quem sofreu o maior baque: sofreu o impeachment dos conselheiros no último dia 22 de novembro e não pode mais voltar à cadeira de presidentes do Peixe.

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Leco é mais um a entregar a cadeira presidencial com números negativos e moral baixa. O aumento da dívida chega a R$ 200 milhões, justamente em um clube que ficou conhecido por ser bom pagador e exemplo de gestão esportiva. O São Paulo chegou a atrasar salários nos últimos anos.

O presidente do São Paulo encara ainda um problema esportivo, já que não conquistou um título sequer e ainda não ajustou o caixa. A dívida havia caído de 2015 a 2018, sob seu comando. Porém, todo o déficit se deu em 2019 e 2020, especialmente com os gastos com o futebol.

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