Home Extracampo Ex-coordenador da CBF revela nomes estudados para assumirem a Seleção pós-7×1 e explica como Dunga acabou no cargo

Ex-coordenador da CBF revela nomes estudados para assumirem a Seleção pós-7×1 e explica como Dunga acabou no cargo

Gilmar Rinaldi não pensava no treinador

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

O ex-coordendor de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, revelou em entrevista à ESPN que Dunga não era uma opção sua para treinar a Seleção Brasileira após o 7×1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014.

PUBLICIDADE

Logo que foi contratado por José Maria Marín para assumir o cargo, poucos dias após o vexame, o coordenador começou a trabalhar com nomes para a vaga. Na entrevista, Gilmar revelou qual seria a “fila” para assumir a Seleção.

“Fui com uma lista com cinco nomes, mas a minha ideia não era escolher nenhum treinador naquele momento. A gente tinha dois ou três amistosos, então queria pegar um técnico de algum time que iria parar na data FIFA e deixar ele até a gente escolher o melhor treinador”, iniciou o ex-coordenador, que seguiu.

PUBLICIDADE

“Com isso tinha cinco nomes: Tite era o primeiro, que era, na época, unanimidade pelo momento, Marcelo Oliveira, Abel Braga, Muricy Ramalho e tal”, disse, sem citar o quinto nome.

“Queria conversar com o escolhido antes de contratar, entender o que ele pensa da Seleção, já que ia receber a Seleção do 7 x 1, com vários problemas, inclusive psicológicos, com traumas.”

Gilmar ainda revelou que tinha a ideia de buscar um treinador de ponta do futebol europeu, mas Marco Polo Del Nero vetou.

“Eu também tinha a ideia de viajar para a Europa e conversar com alguns nomes, que eram os monstros, como Guardiola, Mourinho, se havia a chance de pensar neles para ser o treinador da Seleção Brasileira, mas fui informado pelo Marco Polo que tinha que ser uma escolha com urgência.”

PUBLICIDADE

Foi então que, para a surpresa de muitos, a própria presidência da CBF já havia passado por cima do coordenador e havia escolhido o nome para assumir o cargo: Dunga.

“Mas quando estava explicando, o Marín disse: ‘Gilmar, na verdade já temos uma coisa preparada e queria saber se você tem algo contra o Dunga?’. Falei que não, já que o Dunga foi campeão comigo no Internacional, foi medalha de prata nas Olimpíadas, campeão mundial e perguntei o porquê”, revelou o ex-coordenador.

“Ele respondeu que já tinha conversado com ele, que ele seria o técnico e se eu teria algum problema. Disse que faria de tudo para o Dunga dar certo, mas que não era o nome que tinha na minha lista. O primeiro era o Tite por vários motivos, porque aquele era o momento dele.”

Leia mais:
Libertadores: Qual time tem a melhor defesa do torneio?

PUBLICIDADE