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O atacante Victor Sá é desconhecido no Brasil e tem uma história pouco comum para os padrões nacionais. Após pouco destaque na base de um grande clube, o Palmeiras, conseguiu uma improvável chance europeia ao se destacar na Série A3 do Paulistão e conquistou a chance da vida.
O jogador é titular do Wolfsburg e tem oito gols em 55 jogos com a camisa do clube alemão em duas temporadas. Ponta-esquerda de velocidade e muita aplicação tática, teve um início de carreira difícil. Tentou a sorte no futsal, em São José dos Campos, sua terra natal, antes de integrar o projeto Primeira Camisa, do ex-jogador Roque Junior. Em entrevista ao UOL Esporte, revelou ter reprovado em testes em clubes importantes, até que fechou com o Palmeiras em 2012.
Na base do clube até destacou na Copa São Paulo do mesmo ano, mas não se firmou nos meses seguintes e passor por empréstimos.
“Joguei uma ‘Bezinha’ pelo União São João de Araras e foi quando bateu o desespero. Dificuldade, alojamento muito ruim, comida muito ruim, passava algumas dificuldades muito doidas, pode se falar. Em Araras, eu pensei em parar. Jantava cinco horas da tarde com comida fria, ruim, tinha rato nos alojamentos, banheiro sem água, bem complicado”, revelou o atleta de 26 anos ao UOL Esporte.
O Corinthians demonstrou interesse no jogador e consultou o Wolfsburg, segundo o jornalista Bruno Andrade, mas o clube alemão só aceitar negociar o atleta em definitivo, por 7 milhões de euros (R$47 milhões).
Porém, os clubes que quisessem o atacante poderiam ter pago muito mais barato em 2014, quando o austríaco Kapfenberger, da segunda divisão, o “pescou” na Série A3, pelo São José.
“Com força de vontade as coisas deram certo, joguei uma A-3 e surgiu oportunidade de ir para a Áustria. Fiz um teste de 15 dias para a segunda divisão austríaca e passei. Idioma complicava muito, mas tentei aprender o inglês o mais rápido possível e, depois, o alemão. Hoje, falo os dois.”
Em dois anos o LASK, gigante do futebol local, contratou o atleta. Após 20 gols em 34 jogos, o Wolfsburg pagou 3 milhões de euros para contratar seu novo titular.
“Sempre fui atacante em si, mas cheguei a jogar de meia e hoje atuou como ponta aberto pela esquerda. Quando vim para a Europa aprendi a chegar mais na área como ponta esquerda, a gente evolui bastante taticamente na Europa”, completou o ex-atleta do Palmeiras.
