Home Futebol Quais os impactos do COVID para atletas de alto rendimento?

Quais os impactos do COVID para atletas de alto rendimento?

Atletas em todo foram impactados física e mentalmente com a pandemia do coronavírus

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.
covid-19

Ian Walton/Getty Images

A pandemia do COVID segue sendo um problema mundial e sem previsão de quando esta situação será solucionada. O esporte foi exceção, afinal diversas competições foram paralisadas, adiadas e até mesmo postergadas.

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As paralisações foram necessárias em todos os esportes. Ações como fechamento de campos, quadras e pistas foram necessárias para conter o avanço do vírus. Só que a pandemia mexeu não só na parte financeira, mas também no psicológico de torcedores e atletas.

Esse assunto é algo que preocupou atletas e instituições. Dessa forma, o trabalho de psicólogos acabou sendo vital na preparação dos profissionais.  A professora do curso de Psicologia da Universidade São Judas, Gisele Silva, explica melhor sobre como essa situação foi tratada.

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“Tiveram clubes que mantiveram os trabalhos de casa através de marcação de treinos online com horário marcado. Alguns atletas tinham dificuldade de acesso à internet e os clubes contribuíam com verbas de apoio e os atletas eram monitorados semanalmente por preparadores físicos, fisiologistas entre outros profissionais”, explica a professora.

No caso dos atletas mais velhos, o foco foi em tirar o tempo para aproveitar a família, bem como realizando atividades com jogos, assistir filmes, cozinhando em conjunto e mantendo contato com familiares distantes através de ligações com vídeo.

“Após os três meses de isolamento, os atletas começaram a fazer reclamações sobre o distanciamento. Eles sofriam com a necessidade de ficar longe dos amigos, de não ter atividades para fazer e a angústia por não saberem quando a rotina de treinos presenciais seria retomada”.

Impacto do COVID nos jovens atletas

Já para os atletas mais novos a situação foi diferente desde o começo. “Os menores de 15 anos estão afastados até hoje, sem previsão de retorno. Alguns atletas de 17 anos em diante voltaram em setembro. Mas psicologicamente, percebemos o aumento na incidência de atletas com ansiedade e sintomas de tristeza. Para monitorar os casos, fazíamos sessões individuais a cada 15 dias, por serem grupos de 60 atletas” explica a psicóloga.

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Após muitas especulações, acordos, reuniões e conversas, a CBF e outras organizações esportivas, respeitando as normas estabelecidas pela OMS, decidiram retornar os jogos, seguindo as medidas protetivas de testagem do COVID-19 48h antes dos jogos. Além disso, medidas dentro e fora do campo foram implantadas para evitar contato físico dentro do possível.

Com o retorno dos jogos e treinos em seus respectivos CT’S (Centros de Treinamento), os atletas voltaram a sentir-se menos angustiados. Além disso, é possível notar uma diminuição nos níveis de stress e sem a preocupação de ter que adaptar o ambiente pessoal para a rotina de treinos. Por outro lado, a psicóloga explica que com a mudança no calendário esportivo os treinos e intervalos entre jogos foram mais rigorosos.

Apesar do distanciamento social não ser mais um problema, o cansaço físico e mental ainda preocupa. Dessa forma os atletas contam com atenção redobrada dos profissionais da saúde física e mental para manter o foco nos treinos. Além disso, o foco na retomada da rotina já conhecida, mas adaptada.

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