O técnico Abel Ferreira admitiu o temor de enfrentar o Corinthians nesta quarta-feira (03), após o clube de Itaquera apresentar oito casos positivos de covid-19 antes de clássico. Em entrevista coletiva após o empate por 2 a 2 na Neo Química Arena, em jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Paulista, o comandante português ainda desabafou sobre a situação do país, que bateu recorde de mortes em 24h – foram registrados 1.840 óbitos.
“Temo, temo (um novo surto no Palmeiras). Eu tive uma conversa com nosso diretor. Eu preferia jogar contra o Corinthians com força máxima, clássicos são bons para isso. Mas mais do que falar do que passou no Corinthians, quero falar no geral”, começou Abel, que acrescentou falando sobre a situação do Brasil.
“Quando cheguei aqui, fiquei espantado. Na Europa tivemos dois lockdowns, que era só ficar em casa. Quando cheguei aqui vi que, de fato, as regras tinham que ser mais rígidas. Assusta a quantidade de mortos. Eu sou apaixonado pelo futebol, mas futebol sem vida não é nada. O que posso dizer é para que sejamos responsáveis. Assusta quando ligo o jornal e vejo as notícias, os hospitais lotados. Temos que esquecer o clubismo, a rivalidade, e lutar por uma causa. A covid é um rival que não tem dó, que mata”, completou.
Em novembro, o Palmeiras viveu um dos piores surtos de covid do futebol brasileiro, quando chegou a ter 20 jogadores infectados, além do próprio Abel Ferreira e outros membros da comissão técnica – o presidente Maurício Galiotte também testou positivo para o vírus depois. Atualmente, o meio-campista Patrick de Paula está afastado do elenco, e fora das finais da Copa do Brasil, por testar positivo para a doença.
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