Direitos de TV foi a segunda maior fonte de receita do Corinthians em 2020; clube faturou R$ 160,1 milhões
Vendas de atletas foi a principal fonte de receita do Corinthians em 2020, ano que o clube fechou com um déficit superior a R$ 120 milhões
Divulgação/Corinthians
O Corinthians divulgou o balançou financeiro da temporada de 2020, ano que o clube terminou sem títulos e sem vaga para a disputa da Copa Libertadores, com uma receita de R$ 474,3 milhões, sendo R$ 440,8 milhões ligados ao futebol e R$ 33,4 milhões ao clube social – além de um déficit de R$ 123,3 milhões.
Desse montante arrecadado, o clube Alvinegro faturou R$ 160,1 milhões apenas com direitos de transmissão de TV, ou seja, cerca de 33,7% da receita total do clube O valor ainda apresenta uma queda com relação ao faturamento com TV na temporada de 2019, quando a equipe arrecadou R$ 189 milhões, e o ganho representava 53% da receita.
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A receita obtida pelo Corinthians com direitos de TV em 2020 está ligada ao desempenho do clube ao longo da temporada em que a equipe ficou com o vice-campeonato do Paulistão, caiu da segunda fase da pré-Libertadores e nas quartas de final da Copa do Brasil, além de ter terminado o Brasileirão na 12ª colocação.
Vale lembrar, por exemplo, que a Globo paga os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em três fases: 40% de forma igualitária entre os clubes participantes que possuem contrato com a emissora, 30% de acordo com a quantidade de jogos exibidos no campeonato e 30% de acordo com a premiação da competição.
Veja as principais fontes de receita do Corinthians em 2020:
— R$ 189,2 milhões de venda de jogadores;
— R$ 160,1 milhões de direitos de transmissão;
— R$ 71,1 milhões de patrocínios e publicidade;
— R$ 12,9 milhões de premiações, Fiel Torcedor e loterias;
— R$ 12,1 milhões de contribuições dos sócios;
— R$ 10 milhões de licenciamentos e franquias;
— R$ 7,4 milhões de explorações comerciais;
— R$ 7,3 milhões de arrecadação de jogos.
DÍVIDA AUMENTA:
A dívida total acumulada pelo Corinthians é de quase R$ 1 bilhão – valor exato é de R$ 982,8 milhões, sendo que deste montante, R$ 586 milhões são referentes a dívida de curto prazo, referente a empréstimos, obrigações com fornecedores, direitos de imagem atrasados, impostos, entre outros. A dívida total ainda teve um crescimento de 47,7% com relação ao ano de 2019, quando o valor era de R$ 665 milhões.
Vale destacar ainda que o valor não inclui o financiamento da Neo Química Arena, isso porque o Corinthians tem acordo com a Caixa Econômica Federal para pagar R$ 569 milhões até 2040, sendo que desse montante, R$ 300 milhões serão abatidos com o valor da venda do naming rights do estádio.

