Home Outros Esportes Jogador dos Patriots, Justin Herron interrompe tentativa de abuso sexual em parque

Jogador dos Patriots, Justin Herron interrompe tentativa de abuso sexual em parque

Herron ajudou mulher a escapar do agressor em um parque no Arizona

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Na manhã do último sábado (21), Justin Herron, que está treinando para a próxima temporada no Arizona, estava andando por um parque local quando ouviu o grito de uma mulher. Ao se aproximar do local, percebeu que um homem havia empurrado uma senhora no chão e estava atacando-a pelas costas, em uma tentativa de abuso sexual. 

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Herron gritou com o agressor e, com seus 2 metros e 140 quilos, ele conseguiu segurar o homem de 30 anos até a chegada da polícia. O atleta contou com a ajuda de Murray Rogers, um morador de Phoenix, que também presenciou a cena e correu para ajudar a vítima.

Por conta de suas ações, Herron e Rogers receberam, nesta quarta-feira (24), um certificado de cidadão excepcional (Outstanding Citizen) do departamento da Polícia de Tempe. De acordo com a detetive Natalie Barela, se os dois não tivessem intervindo, o ataque poderia ser muito pior, mas que a professora de 71 anos de idade, apesar do trauma, está fisicamente bem. A vítima se reencontrou com seus “anjos da guarda”, como ela mesma disse, e os agradeceu pessoalmente.

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Sobre o encontro, Herron disse: “Foi emocionante vê-la, mas também foi doloroso ver como ela respondeu ao trauma e como está lidando com isso. Ninguém deveria passar por isso. Ninguém. Ela tem um ótimo sistema de apoio, e estou feliz que ela tem esse sistema de apoio. Foi emocionante para mim. Foi emocionante para todos na sala vê-la.”

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Em entrevista, Justin Herron, um OL de 25 anos que foi draftado de Wake Forest na sexta rodada pelos Patriots, e que participou de 12 jogos na última temporada (sendo 6 deles como titular), contou o que aconteceu naquele dia:

“Eram 11 horas, meio do dia, nenhuma nuvem no céu e era um campo muito aberto. O fato de ter acontecido ali, naquela hora, foi muito chocante. Naquele momento, eu gostaria de falar no que estava pensando. Só sabia que alguém precisava de ajuda. Tudo o que pude fazer foi me apressar até lá para ter certeza de que poderia ajudar a vítima e ter certeza de que poderia confortá-la e ser a melhor pessoa que posso ser.”.

“Sou um jogador de futebol americano, então sou meio grande […] Eu tento não ser muito agressivo com as pessoas sabendo que eu poderia machucar alguém. Eu tenho uma voz muito alta, então tudo que eu fiz foi apenas gritar, dizer a ele para sair de cima dela e então o arranquei. E eu disse para ele sentar e esperar até que os policiais chegassem.”.

Felizmente, o acontecimento vai na contramão do que geralmente é visto nas “páginas policiais” da NFL, nas quais os jogadores geralmente são os agressores. O caso mais recente é o de Deshaun Watson, que está sendo acusado por diversas mulheres de assédio sexual.

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