Home Futebol Procurador que paralisou o futebol em SP desabafa: “se salvar uma vida, já valeu”

Procurador que paralisou o futebol em SP desabafa: “se salvar uma vida, já valeu”

Responsável por pedido disse que futebol tem que dar “cota de sacrifício”

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mauro Sarrubbo, foi o responsável por fazer o pedido de paralisação do futebol no Estado. O governador João Doria acatou a decisão e assinou o decreto de 15 dias sem práticas esportivas, além de várias outras medidas para diminuir a circulação de pessoas em meio à pandemia de Covid-19. Em entrevista ao blog do Perrone, do UOL, Sarrubbo fez longo desabafo sobre sua decisão.

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Segundo ele, se uma vida for salva por sua decisão, já vale a pena. Sarrubbo, porém, lembrou que tudo o que puder ser feito para diminuir a circulação de pessoas, será bem-vindo. Ele disse ainda que o futebol precisa dar sua “cota de sacrifício”.

“Isso vai me ajudar a diminuir (a transmissão do vírus). Se isso salvar uma vida, já vai valer, é importante que se diga. Dentro de um contexto genérico em que a gente caminha para quase um lockdown, é importante que o futebol dê a sua cota de sacrifício”, disse o procurador na entrevista publicada pelo jornalista do UOL.

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“É um sacrifício generalizado porque eu sou fanático, eu gosto de futebol. É um sacrifício para todos nós, inclusive para a nossa cabeça. Estamos todos trancados em casa, chega no final de semana e você não tem nenhum futebolzinho pra assistir, é muito ruim.”

Sarrubbo ainda se mostrou contrariado com os treinos dos clubes em meio à paralisação. Segundo ele, não é o correto a se fazer, já que pessoas seguirão circulando nos centros de treinamentos.

“Nós temos que parar a cidade para as pessoas pararem de morrer por falta de leito hospitalar. E aí eu pergunto para você, será que se os clubes continuarem treinando, isso vai ajudar? Acredito que não. Mas eu não tenho uma definição clara pra te dizer agora. Se o Ministério Público fará algo ou não nesse sentido. Conto com o bom senso de todos no sentido de que é um momento em que, se ficar em casa e salvar uma vida, é um ganho extraordinário para todos nós.”

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