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Influencer de games relata assédio, fraude e bullyng na web

A influencer de games CarolzinhaSG revela ter encontrado um perfil fake com seu nome vendendo nudes falsos no Twitter

Gisele Henriques
MBA em Administração e Marketing, Pós Graduada em Jornalismo Esportivo, graduada em Licenciatura em Artes Visuais, Tecnologia em Marketing e Bacharelado em Administração, é graduanda de Direito e de Jornalismo.

Em um desabafo através dos Stories de sua conta no Instagram, a influencer de games CarolzinhaSG revelou situações de bullyng e fraude através de redes sociais: o perfil falso no Twitter @monitevoy estaria oferecendo serviços de prostituição e vendas de fotos eróticas via whatsapp usando imagens roubadas de suas contas oficiais. Com a ajuda de sua própria comunidade de seguidores, o perfil foi denunciado e a conta saiu do ar.

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O episódio revela um dos aspectos mais graves da exposição virtual, o uso indevido de imagens para obter vantagens financeiras, além de episódios de bullyng, perseguição e assédio. O Torcedores.com conversou com CarolzinhaSG, que explica a situação:

“Hoje me deparei com um perfil mexicano com minhas fotos pessoais tiradas do Instagram, que haviam 28 mil seguidores, onde esse perfil oferecia serviços sexuais pelo whatsapp, como nudes e afins. Inclusive na descrição e hashtag das fotos esse perfil colocava #prostituição ligando minha imagem a rede de prostituições no México… É bem chato que nós mulheres tenhamos que passar por essas situações desconfortáveis com tanta frequência, nem trabalhar em paz a gente consegue. Agora enviei documentos ao Twitter para tentar derrubar essa conta e outra secundária que o mesmo perfil tinha para esse uso malvado”.

A influencer revela que não foi a primeira vez que aconteceu um episódio de fraude envolvendo seu nome:

“Passei por um episódio desse bem pesado em 2014, quando decidiram dizer que haviam vazados fotos nuas minhas, recebi muito xingamento, ameaça de morte, pessoas incentivando ao suicídio e etc. Mesmo que as fotos fossem obviamente fakes, a gente sofre o preconceito igual. Mas agora em 2020, minha página do Facebook viralizou pra diversos países além do Brasil, como Indónesia, Egito, México entre outros. E estou todos os dias tendo pessoas criando fakes meus em outros idiomas para enganar essas pessoas, já recebi certidão de casamento falsa, recebo diariamente gringos mandando e-mail que estou “roubando” a conta deles em jogos por esses perfis.”

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Ela explica que a situação desencadeia diversos transtornos:

“Esse foi basicamente o ocorrido de hoje, que apesar de receber coisas maldosas todos os dias me chocou pela seriedade do assunto como prostituição. Eu já sofri muitas ameaças de stalkers na internet, me dá até medo esses 28mil seguidores do perfil que tomaram golpe vir atrás de vingança ou algo assim, porque é o meu rosto nas fotos. Essa situação é bem chata.”

Além das ameaças virtuais, CarolzinhaSG também afirma ter que lidar com “stalkers” presenciais:

“No fim do ano passado mesmo, tive que proibir entregas num endereço da empresa porque ficavam perseguindo e indo diariamente ali, comprando e entregando coisas e fazendo parada no portão para ver se me encontrava ali. Depois desses episódios, sair na esquina já dá medo. Sempre preocupação dobrada, mas é o outro lado da vida de pessoa pública infelizmente. Faz parte.”

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Sobre tentativas de rastrear e monitorar os ataques, CarolzinhaSG afirma que é uma tarefa difícil:

“É muito complicado, ainda mais quando se trata desses fakes internacionais. Hoje em dia a Internet facilita a qualquer um criar um perfil falso e pegar sua foto no Google. Embora já tive caso de ameaças aqui em São Paulo mesmo, de ir atrás de rastrear o indivíduo, falar com delegados que eu já conhecia, ter que levar nome e foto da pessoa nos eventos para seguranças barrarem entrada caso aparecesse… Tudo por uma paixão platônica que às vezes eles criam do além.”

A presença feminina tem expandido a participação no cenário gamer, gerando a reflexão sobre o tipo de público que potencialmente causaria os ataques:

“A minha situação de hoje, basicamente se consiste em mais um episódio de assédio contra as mulheres na Internet, é bem cansativo todos os dias, principalmente para nós que trabalhamos com jogos e e-sports ter que lidar com todo tipo de ofensa e assédio denegrindo a nossa imagem ou nos menosprezando porque “jogos não é lugar de mulher”. Mas hoje em si, estou tendo um problema repetido porém numa escala maior. Quando entramos nesse cenário majoritariamente masculino, alcançamos três tipos de público, o que nos apoia, o que nos desrespeita e aquele que criam na gente um “sex symbol” e começam a praticar crimes cibernéticos em cima das nossas fotos afim de alimentar alguns fetiches ou tirar vantagem de pessoas inocentes.”

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