O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, esclareceu nos últimos dias que se o Al-Duhail, do Catar, não se manifestar sobre a compra de 80% dos direitos econômicos de Dudu até o dia 15 de maio, o jogador será reintegrado ao elenco Alviverde para o segundo semestre da temporada. O mandatário do Verdão ainda reforçou que gostaria de contar com a volta do ex-camisa 7, mas se isso de fato ocorrer, o clube pode ter que adotar outra estratégia para cumprir o orçamento previsto para 2021.
Em dezembro, o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) aprovou o orçamento para 2021 projetando uma arrecadação de R$ 607,7 milhões – com superávit de R$ 10,3 milhões – e uma receita de pelo menos R$ 80 milhões em venda de atletas.
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Caso o Al-Duhail exerça a compra de Dudu, o Palmeiras irá receber seis milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões na cotação atual) – valor que representa metade do que o clube projeta faturar com a venda de jogadores. Se o atacante retornar ao clube, a diretoria terá que recorrer a outras negociações para alcançar a meta estipulada.
Em entrevista recente ao canal ‘O Nosso Palestra’, o ex-zagueiro Edu Dracena, hoje assessor técnico do Palmeiras, já havia alertado para a necessidade de vender algum jovem da base mesmo com a venda de Dudu.
“Claro que o Dudu joga em qualquer equipe do Brasil e quando voltar será uma peça importante, não podemos desprezar um jogador como ele. Se vier esse dinheiro vai nos ajudar bastante, para manter a casa em ordem, pagamentos. Mesmo se conseguir essa venda do Dudu, o Palmeiras vai ter que vender um menino pra fora”, afirmou o dirigente na ocasião.
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Dracena ainda acenou com o valor que o clube espera receber negociando as Crias da Academia. “O Palmeiras, de uns anos pra cá, mudou sua filosofia. Demos oportunidades pros meninos da base, acredito que, só neles, o Palmeiras faz 100 milhões de euros, no mínimo. Estamos focando em reforçar o time, mas agora temos de ter calma. Não sabemos o que vai acontecer”, disse o assessor do Verdão.
