Em entrevista ao canal “Pilhado“, Thiago Neves falou sobre os bastidores da passagem de Rogério Ceni no Cruzeiro, em 2019. Dessa forma, inicialmente, o meia contou a forma como o treinador chegou no clube. Priorizando “colocar ordem na casa”, o técnico optou por reunir o grupo e mencionar que alguns atletas não serviam para seu esquema de jogo.
“A gente pediu pro Rogério vir pro Cruzeiro, mas a chegada dele não foi boa. Ele chegou dando porrada em todo mundo na primeira reunião. Chamou nove titulares e falou do time. Perguntou a idade e foi falando que não iria conseguir jogar com todo mundo. Falando que nosso time era muito velho pro jeito que ele queria jogar, mas a gente tinha sido bicampeão mineiro e da Copa do Brasil. O Fábio deixou claro que a gente estava de braços abertos, mas sendo justo. Que não fosse pela experiência de ninguém e pela idade”, declarou.
PROBLEMA COM DEDÉ
Além disso, apesar de ter criticado publicamente a escalação de Ceni no duelo contra o Inter, Thiago Neves negou qualquer problema maior com o técnico. No entanto, o mesmo não ocorreu com Dedé. Isso porque um episódio com o zagueiro praticamente selou a demissão do atual comandante do Flamengo.
“Teve o problema comigo, na semifinal, que a gente perdeu pro Internacional. Mexeu quatro peças no time. Deixou o Edilson de fora para improvisar o Jadson na lateral, improvisou o Marquinhos Gabriel em outra posição e me improvisou e falso 9, e tomamos 3 a 0. No outro dia, eu falei que errei (de dar entrevista criticando a escalação) e que ele não tinha culpa de nada. Mas ele levou pro lado pessoal. Eu nunca mais tive problema com ele. Ele não falava comigo e eu não falava com ele. Até cumprimentava, mas eu saia”, expressou.
“O problema maior dele foi com o Dedé, ali que ele saiu. Faltou com o respeito com o Dedé na oração, mas estava toda a diretoria na roda. Chegou com um ego muito avançado. Nosso grupo nunca se fechou para derrubar o Rogério. A gente falava para deixar ele. Se ele tirar os principais jogadores, o problema era dele”
“Sempre tem oração depois do jogo, e o Dedé pediu a palavra e começou a me defender, o Edilson… Disse que o Rogério não precisava ser amigo (dos jogadores), mas precisava respeitar e que precisava dos jogadores no vestiário. Ele falou: ‘Dedé, quando você terminar sua reunião, você me chama’. E saiu sozinho. O presidente viu, o Itair (Machado) viu, Fábio viu. Dedé começou a chorar de nervoso. Nunca tinha visto ele tão nervoso na minha vida. O Fábio ficou revoltadíssimo. Não pode fazer uma coisa dessa. Ali rachou o grupo. O Itair falou que ele não era mais técnico do Cruzeiro”, finalizou.
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