Com direito a provocação de Fernando Diniz, à época no Fluminense, Adhemar relembrou cobranças anteriores sem sucesso e pedido a zagueiro do São Caetano
Perguntado sobre o que sentiu ao marcar o histórico tento, Adhemar relembrou a aura que o estádio sempre teve. “Descrever em palavras é difícil. É uma loucura, eu tava estreando no Maracanã, nunca tinha jogado lá. Pro pessoal da nossa geração, o Maracanã era o templo, o Vaticano do futebol. Você chega lá, o vestiário enorme, o gramado enorme, com dimensões muito grandes”, descreveu.
Bastidores e provocação
Natural de Porto Feliz, no interior de São Paulo, Adhemar relembrou que o estádio tinha mais pessoas que a própria cidade para relembrar o gol. “Eu tinha chutado duas bolas no primeiro tempo e, naquele tempo, só tinha uma bola no campo e outra no quarto árbitro. Não é igual hoje, que tem dez bolas com cada gandula. Eu chutei uma bola e tomei uma vaia imensa. A minha cidade tem 49 mil habitantes, lá no jogo tinham, sei lá, 70 ou 80 mil pessoas. Eu pensei que era a minha cidade inteira e mais um pouco me vaiando. Chutei a segunda e fui mal. Na terceira, no segundo tempo, eu parei a bola e pensei que ia tomar outra vaia”, destacou.
Depois de dois insucessos, Adhemar pediu ajuda a um dos zagueiros da equipe. “Chamei o Daniel e falei pra ele descer na área, porque todos iam pensar que eu ia alçar a bola na área. Ele, com muita confiança em mim, falou pra eu chutar de novo na arquibancada para dar tempo de descansar. Ele tava afogado”, riu, lembrando que o defensor estava cansado.
Atualmente treinador do Santos, um atleta à época no Tricolor tentou desencorajar Adhemar. “Quem tava na barreira era o Fernando Diniz. Ele era o segundo homem na barreira. Ele olhou pra mim e perguntou se eu ia tentar. Eu tentei colocar no buraco e chutei muito alto. Se eu errar, o goleiro pega e, pelo menos, eu não tomo vaia”, finalizou o ex-atacante.
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