O técnico do Independiente Del Valle, o português Renato Paiva, concedeu entrevista coletiva às vésperas do confronto contra o Palmeiras, pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, e admitiu que gostaria de devolver a goleada por 5 a 0 que o Verdão aplicou na equipe equatoriana no Allianz Parque, mas reconheceu que se trata de uma missão complicadíssima.
“Se gostaria de fazer cinco no Palmeiras? Eu gostaria de fazer 10, 15… mas precisamos olhar quem somos e quem está do outro lado. E olhando a qualidade individual e coletiva que tem o Palmeiras…. eu não acho que existam muitos times no mundo capazes de fazer cinco gols neles”, disse Paiva, que ainda falou sobre a inversão da vantagem com relação ao primeiro jogo entre as equipes, quando o Verdão tinha como trunfo o gramado sintético – agora o Del Valle tem o efeito da altitude a seu favor.
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“Amanhã [terça-feira] vamos perceber em que medida o campo sintético teve alguma influência no resultado do Brasil, porque eu acho que teve. Amanhã jogaremos no fantástico gramado do Casa Blanca e teremos também a altitude, que pode influenciar no desempenho do Palmeiras. Precisamos corrigir o que não fizemos bem no Brasil: em questão de eficácia defensiva, perdas de bola que geraram gols deles, e também para converter as chances que criamos”, analisou o treinador português.
Renato Paiva ainda admitiu que o Del Valle vai ir pra cima do Palmeiras para tentar conquistar os três pontos diante do líder do grupo A, que já soma nove – a equipe equatoriana tem quatro pontos.
“(vamos para cima) Porque estamos no prejuízo, porque o Palmeiras tem 5 pontos a mais, porque brigamos pelo 2º lugar e porque jogamos em casa. Se fora já jogamos assim, por que não o faríamos aqui? Esse não é nenhum segredo, porque Abel me conhece e eu o conheço”.
Palmeiras superior ao Grêmio:
O técnico do Del Valle sabe que a partida contra o Palmeiras será difícil, e fez questão de destacar a equipe comandada por Abel Ferreira como superior ao time do Grêmio, eliminado pelos equatorianos na pré-Libertadores. “Eu penso assim: quando os times são muito bons, você precisa tirar o conforto deles diminuindo tempo e espaço de seus jogadores, que são muito bons e podem, sim, quebrar a sua pressão. Mas eu prefiro isso do que baixar as linhas e esperar que o Palmeiras suba”, avaliou.
“Temos mania de fazer comparações, como por exemplo entre Palmeiras e Grêmio. Entre Palmeiras e Grêmio eu só comparo a qualidade individual dos jogadores, porque em questões coletivas o Palmeiras é um time 10 vezes mais trabalhado do que era o Grêmio [eliminado pelo Del Valle]”, completou Renato Paiva.
