Apostar na Betano
Logo mais teremos Inglaterra x Dinamarca pelas semifinais da Eurocopa. Você provavelmente coloca a Inglaterra como a favorita para a classificação. E se alguém te perguntar o por que você coloca esse favoritismo para o lado inglês, você certamente responderá de uma forma padrão, algo como: “Pelos jogadores que tem e pela história da Inglaterra, são muito maiores”. Mas, te convido a abandonar o senso comum, e a realizar uma pequena análise sobre esse confronto.
Vamos lá, o primeiro ponto一que não tem nada a ver com o título, mas mesmo assim precisamos falar sobre, para entendermos o plano geral一 é: “Os jogadores ingleses são muito melhores que os dinamarqueses”. Ok, isso pode ser uma verdade, tendo em mente que a geração inglesa está repleta de bons jogadores. Porém, não podemos subjugar os dinamarqueses, que mesmo perdendo sua maior estrela, Christian Eriksen, ainda tem inúmeros jogadores do mais alto patamar.
Falar que “tem jogadores do mais alto patamar” e não citar nenhum exemplo soa meio genérico, né? Mas eu também fugiria do tema se falasse sobre todos os jogadores. Então façamos assim, logo abaixo deixarei o nome das principais estrelas do time dinamarquês, se você não os conhecer, basta clicar no nome do jogador que você será redirecionado para o site transfermarkt, onde poderá ver as conquistas e os números dos jogadores:
Kasper Schmeichel; Simon Kjaer; Andreas Christensen; Pierre Hojbjerg; Thomas Delaney; Dolberg e Yussuf Poulsen.
O ponto de equilíbrio do confronto
A cultura do imediatismo no futebol, nos faz avaliar um time como bem sucedido apenas pela quantidade de títulos conquistados. Porém, não é preciso pensar muito para ver que é uma forma equivocada de ver futebol. Podemos pegar como exemplo a seleção holandesa de 1974, comandada por Rinus Michels, e com a lenda Johan Cruijff em campo. Iremos dizer que esse time fracassou apenas por ter perdido a final da Copa do Mundo? E todo o legado que o Futebol Total deixou? Será jogado no lixo apenas por perder uma partida? Creio que não, pelo contrário, o que a Holanda de 1974 conquistou, nenhuma outra irá conquistar, a apreciação mundial, muitas outras seleções copiavam seu modo de jogar. Não me lembro de nenhum outro técnico admitindo copiar a Alemanha de 1974 (seleção que ganhou a final da Holanda). Título não é tudo.
E o confronto entre Inglaterra x Dinamarca mostra muito a supervalorização dos troféus. Os britânicos são tidos como amplo favoritos “apenas” por terem ganho uma Copa do Mundo, enquanto a Dinamarca surge como o “patinho feio” da disputa.
Obviamente um título mundial é um ótimo argumento para julgar uma seleção maior que a outra, nós brasileiros nos julgamos os melhores do mundo justamente por sermos pentacampeões mundiais. Entretanto, no caso específico da Inglaterra, esse argumento não é válido, visto que a única Copa do Mundo em que se sagrou campeã, foi a edição da competição mais manchada por grandes erros de arbitragem, curiosamente todos a favor dos donos da casa, a Inglaterra.
E mesmo tendo excelentes jogadores, como Gordon Banks, Bobby Moore e Bob Charlton, a Inglaterra não apresentou um futebol agradável de se ver, muito pelo contrário, o futebol era entediante, pragmático e ultrapassado. Com tal futebol parecia impossível eles vencerem a competição se não fosse uma “ajudinha” externa.
Por outro lado, a Dinamarca da década de 1980 maravilhou o mundo com o futebol que jogou, muito inspirados na Laranja Mecânica de 1974, a troca de passes e a movimentação dos jogadores em campo era algo bonito de se ver. Porém, os fracassos nas Copas do Mundo de 1982 e 1986 e na Eurocopa de 1988, fez os dinamarqueses abandonarem o estilo do futebol total e adotarem uma linha mais pragmática de jogar, nas palavras do ex-técnico da Seleção brasileira, Mário Zagallo: “ A Dinamarca agora era menos ‘tico-tico no fubá’”.
E deu certo, o objetivo foi conquistado, de forma surpreendente a Dinamarca ganhou a Eurocopa de 1992, competição em que a Inglaterra sequer chegou à final, e foi apelidada carinhosamente de Dinamáquina.
É claro que a Inglaterra pode aplicar uma goleada, e tudo que eu falei cair por terra. Assim é o futebol.
O fato é que, historicamente, esse amplo favoritismo inglês não se justifica,aliás, analisando a forma em que as seleções ganharam seus principais títulos, esse favoritismo histórico pode até ser invertido para o outro lado do confronto.
LEIA MAIS:
