Apostar na Betano
Marcelo Chamusca nunca foi uma unanimidade entre os dirigentes do Botafogo. A má campanha no Campeonato Carioca, Copa do Brasil e Série B do Campeonato Brasileiro pesa ainda mais na avaliação do trabalho feito pelo treinador.
O Torcedores.com apurou que o empate em 3 a 3 com o Cruzeiro, neste sábado, fez Marcelo Chamusca balançar como nunca no comando técnico do Alvinegro. Se dependesse da maioria dos dirigentes, ele teria saído após a derrota por 2 a 0 para o Sampaio Correa, em São Luiz.
Eduardo Freeland bancou, mas os pontos perdidos diante do Avaí, CRB e agora para o Cruzeiro colocaram até o diretor executivo de futebol em xeque no Botafogo. A pressão, que já era grande, agora é praticamente insustentável.
Ainda segundo informações obtidas pela reportagem, o dirigente é um dos poucos que segue ao lado de Marcelo Chamusca, enquanto dirigentes, grupos políticos e torcedores ilustres pressionam o presidente Durcesio Mello.
No Nilton Santos, Marcelo Chamusca conversou com pessoas ligadas ao departamento de futebol de portas fechadas e se mostrou abatido com o novo revés. Entretanto, foi discutido o planejamento para o jogo contra o Brusque, no próximo sábado, em Santa Catarina.
Botafogo não tem plano B
No início do ano, o anúncio de Marcelo Chamusca como novo técnico do Botafogo soou como surpresa para a torcida. Contudo, ele era avaliado internamente como um profissional capacitado para comandar a equipe na Série B do Brasileirão.
De perfil estudioso e muito dedicado em suas tarefas, o treinador foi fundamental na formação do elenco para esta temporada. Atuando como um gestor, ele indicou jogadores que se enquadravam na realidade financeira alvinegra.
Quem trabalha com Marcelo Chamusca no Botafogo, afirma que o treinador tem um bom relacionamento com o atual elenco. Porém, esse argumento não dá sustentação para mantê-lo no cargo. Afinal, o Botafogo está longe do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro.
Como a permanência de Marcelo Chamusca não é garantida, nomes começam a ser especulados no Botafogo. Antônio Carlos Zago e Vanderlei Luxemburgo foram lembrados internamente, e confirmados pela reportagem. Mas não houve contato até o momento.
