Home Futebol Ex-árbitro, Paulo César de Oliveira ‘responde’ Arnaldo Ribeiro após insinuações sobre a ‘Central do Apito’

Ex-árbitro, Paulo César de Oliveira ‘responde’ Arnaldo Ribeiro após insinuações sobre a ‘Central do Apito’

Comentaristas de arbitragem concordaram a anulação do gol do São Paulo no clássico diante do Palmeiras

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

O clássico entre São Paulo x Palmeiras, disputado no último sábado (31), pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com um empate sem gols, mas recheado de polêmicas com a arbitragem. Durante o pós-jogo, o comentarista Arnaldo Ribeiro fez insinuações sobre uma suposta influência da ‘Central do Apito’ nas decisões dos árbitros de vídeo. O comentarista de arbitragem do Grupo Globo, Paulo César de Oliveira, ‘respondeu’ as declarações do jornalista nesta segunda-feira (2), durante o programa Seleção SporTV.

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Durante live no canal ‘Arnaldo e Tirone’, no YouTube, logo após o apito final, Arnaldo Ribeiro falou sobre a interferência dos comentaristas de arbitragem nos lances. “Para você entender a questão do pênalti revertido e o lance final, é o seguinte: o árbitro do VAR era o Péricles Bassols. Um árbitro péssimo e que virou comentarista de arbitragem na TNT. Sabe o que ele tem no WhatsApp? O grupo dos comentaristas todos. O pênalti do Marquinhos, quando atropela ele, passa por cima… O Luiz Flavio está de frente para o lance, é imperdoável. O Sálvio Spínola, na transmissão, fala que na visão dele não foi. E o Péricles Bassols manda no ouvido do Luiz Flavio, depois de ouvir o Sálvio: ‘Dá uma olhada, na transmissão estão falando que não foi’. É assim que funciona o VAR o Brasil. Não tem interpretação do árbitro em campo. A interpretação é da câmera lenta, do cara do VAR e depois dele ouvir a Central do Apito“, declarou.

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Nesta segunda-feira, Paulo César de Oliveira, que é irmão do arbitro Luiz Flávio de Oliveira, responsável por apitar o Choquei-Rei do último sábado, explicou que a anulação do gol foi correta. “Esse lance, apesar de ter sido muito discutido e polêmico, é conceitual. Da regra. A regra do impedimento diz que o jogador não será punido se ele não disputar a bola, não interferir na jogada e não tocar na bola. Apesar de não ter tocado na bola, o Miranda tem um impacto claro. Ele tem o contato físico o Patrick (jogador do Palmeiras). Mesmo sem tocar na bola, ele disputa e joga. Ele tem uma ação deliberada. Não se trata da interpretação. Trata-se de um conceito da regra. O gol foi bem anulado.”

O ex-árbitro Sálvio Spinola, que também integra a equipe de comentaristas de arbitragem da Globo, reforçou a decisão acertada do árbitro no clássico entre São Paulo e Palmeiras. “(…) Pra nós da arbitragem, vamos colocar comentaristas e árbitros, é indiscutível que isso é texto da regra e que esse lance tem que ser anulado. Acho que nós não vimos ninguém da arbitragem discordar porque tem a disputa do Miranda com o Patrick. É textual da regra: tocar na bola ou disputar com o adversário. Ele [Miranda] está adiantado e disputa a bola. Me parece que as pessoas do futebol estão muito distantes da regra e não concordam com isso. Mas isso é regra.”

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Paulo César de Oliveira aproveitou para reforçar o papel da ‘Central do Apito’. “Mais uma vez eu tenho que ressaltar e vender o nosso peixe porque esse é o papel do comentarista de arbitragem, exatamente por essa análise técnica baseada na experiência que nós tivemos no campo de jogo, mas fundamentalmente na regra do jogo. Erramos e acertamos. Quando tem uma questão de interpretação, nós debatemos, mas quando é conceito da regra, a gente sempre tenta trazer aqui o que diz a regra e a maneira como ela deve ser interpretada.”

“Eu tive que pegar o livrinho de regras e mostrar para muitos ex-jogadores de futebol que estavam discordando. Quando eles leram ‘disputar com o adversário’, eles entenderam que estava certo”, contou Sálvio Spinola. “Pode mandar [o livro de regras] para alguns jornalistas também, Sálvio”, disparou PC de Oliveira.

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